Conheça o modelo de assinatura de celulares e veja se compensa
Unsplash/Alex Ware
Conheça o modelo de assinatura de celulares e veja se compensa

Ter um smartphone por assinatura pode custar apenas 38% do valor de compra, de acordo com um levantamento da Leapfone, empresa do ramo. Além da economia, a praticidade tem feito com que o mercado de assinatura de celulares cresça no Brasil.

O especialista em UX Vítor Chammas, que trabalha conectado ao smartphone, é um dos clientes da Leapfone. Há cerca de seis meses, ele abandonou a ideia de ter um celular e passou a assinar um. Para ele, não comprometer o cartão de crédito e contar com a praticidade de ter nas mãos um dispositivo com seguro foram as características que mais lhe agradaram. "Eu pago uma mensalidade, que seria o valor que eu pagaria parcelado, mas meu limite está cheio. E eu não tenho medo de ser roubado", afirma.

Como funciona a assinatura de smartphone?

O modelo de utilizar um smartphone por assinatura vem crescendo em todo o mundo. Na prática, o cliente escolhe um celular e o "assina" através de um plano mensal. Dessa forma, o produto se torna um serviço adquirido pelo usuário. Ou seja, ele usa o celular pelo tempo estipulado no plano, mas não o possui - ao fim do contrato, pode renovar a assinatura ou escolher outro modelo.

No Brasil, o segmento vem crescendo e alcançando cada vez mais empresas. Grandes marcas, como Itaú e Porto Seguro, possuem programas próprios de assinatura de smartphones. Além disso, startups vêm surgindo, como é o caso da Leapfone e da Allugator.

"O mercado de celulares por assinatura vem em uma tendência de crescimento exponencial. A Allugator prevê um crescimento de mais de 600% no ano de 2022 em relação ao número de celulares assinados pela empresa circulando no Brasil", comenta Cadu Guerra, CEO da Allugator.

Compensa assinar um celular?

De acordo com o levantamento da Leapfone, os smartphones podem sair até dois terços mais baratos na assinatura do que na compra no varejo. Na prática, porém, a conta compensa para quem troca bastante de celular, já que o valor é referente ao gasto em 12 meses.

Tanto a Leapfone como a Allugator afirmam que seus públicos-alvo são pessoas bastante conectadas e que querem ter smartphones topo de linha, como iPhones. Para Letícia Bufarah, gerente de marketing da Leapfone, o que o modelo de negócios oferece, na verdade, é "uma despreocupação". "Você só paga um valor mensal, igual uma Netflix da vida, e já tem o celular para usar, sem se preocupar com seguro. A gente tem esse propósito de conseguir dar às pessoas o acesso a dispositivos mais poderosos", afirma.

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O objetivo é levar novas possibilidades a clientes que não têm poder aquisitivo para comprar ou parcelar um celular poderoso. A Allugator, por exemplo, trabalha apenas com iPhones. Já a Leapfone possui também modelos da Xiaomi, mas todos com especificações avançadas.

Um exemplo é o Xiaomi Poco X3 Pro, cuja assinatura custa R$ 99 mensais. Em um ano, o valor pago pelo cliente seria de R$ 1,2 mil, muito abaixo dos mais de R$ 3 mil gastos caso o smartphone fosse comprado no varejo com seguro. Após o período de um ano, o cliente pode optar por renovar a assinatura ou escolher outro celular.

Nesse caso, se um cliente comprasse o celular para trocá-lo só depois de três anos, a compra valeria a pena. Mas para quem quer sempre ter um celular novo e poderoso em mãos, a assinatura pode ser a escolha certa.

Outra vantagem do modelo de assinatura é que, ao comprar um smartphone parcelado, o cliente compromete o limite de seu cartão com o valor total do dispositivo. No caso da Leapfone, isso não acontece, sendo compremetido apenas o valor mensal da assinatura. Na Allugator, esse mesmo esquema deve ser implementado no final deste mês.

Na hora de decidir entre comprar ou assinar um celular, é interessante levar em consideração diversos aspectos, como preço, praticidade, demanda que você exige de um smartphone e tempo que deseja permanecer com o mesmo modelo.

Vítor, que tinha um iPhone 8 e agora assina um iPhone 12 Pro Max, afirma que não se arrepende da decisão e indica a assinatura para seus amigos e familiares. "Pra mim, foi muito prático", comenta.

** Dimítria Coutinho atua cobrindo tecnologia há cinco anos, se dedicando também a assuntos econômicos. Antes de trabalhar no iG, era repórter do Ada, um portal de tecnologia voltado para o público feminino. É jornalista formada pela Universidade de São Paulo com passagem pelo Instituto Politécnico de Lisboa.

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