A Aeronáutica informou que o país lançará até a próxima segunda-feira (30) dois satélites-radar com a SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, que esteve no Brasil na semana passada
para um encontro com o presidente Jair Bolsonaro. Mas a contratação da empresa do homem mais rico do mundo foi indireta, de acordo com as Forças Aéreas.
Os preparativos para o lançamento, a partir do Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), estão sendo finalizados. O projeto começou a ser desenvolvido em 2019 com a empresa finlandesa Iceye, com custo total de US$ 33 milhões. A parceria com a Space X foi feita de forma indireta, pela própria fabricante do equipamento.
A expectativa é que o novo sistema batizado de Lessonia 1 entre em operação em novembro. A principal novidade é que novo sistema permite captar dados, independentemente das condições atmosféricas, através de nuvens por exemplo, o que pode ser útil na Amazônia.
Por meio desses radares, que rastreiam distâncias inferiores a dois metros, será possível coletar imagens sobre queimadas, desmatamento e garimpos.
Segundo o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, a Força pretende ceder as imagens para órgãos públicos, como Ibama e Polícia Federal. O sistema não capta foto em tempo real e os dados precisam de tempo para ser tratados e analisados, de acordo com os objetivos.
O comandante da Aeronáutica contou, em café com jornalistas, que conversou com Musk e ofereceu a ele a estrutura do Centro de Lançamento de Alcântara (Maranhão), via cessão onerosa. A base permite o lançamento de pequenos satélites.