Pornhub é banido do Instagram
Unsplash/franco alva
Pornhub é banido do Instagram

O Instagram baniu permanentemente a conta do Pornhub da rede social, confirmou a Meta nesta quarta-feira (28), ao site Motherboard. Há cerca de três semanas, a plataforma já havia removido a conta em um movimento que, até então, parecia temporário.

De acordo com a Meta, a plataforma de conteúdo pornográfico violou as regras do Instagram repetidas vezes, e os administradores da página já haviam sido alertados sobre isso antes do banimento.

Ao Motherboard, a empresa não confirmou exatamente quais diretrizes foram violadas, mas citou termos de uso relacionados a conteúdo adulto, nudez e solicitação sexual. O Pornhub tinha mais de 13 milhões de seguidores no Instagram.

Entenda o caso

A conta do Pornhub no Instagram já havia sido bloqueada há cerca de três semanas, após pressão de ativistas. Há anos, a plataforma vem se envolvendo em polêmicas relacionadas à falta de moderação de conteúdo, o que faz com que o serviço abrigue, além de pornografia legal, imagens de abuso sexual, tráfico sexual e pornografia infantil.

No final de 2020, as empresas Visa e Mastercard já haviam parado de processar pagamentos do Pornhub após acusações de que a plataforma abrigava muitos vídeos de estupro. Na época, a plataforma chegou a tomar algumas medidas, como remover conteúdo de usuários não verificados e impedir o download de qualquer vídeo.

Apesar das mudanças, no início deste ano uma fonte interna disse ao The Verge que a moderação de conteúdo do Pornhub não funciona. "Olhando para trás, parecia que meu papel na moderação de conteúdo era principalmente proteger a empresa, não as vítimas de pornografia ilegal", afirmou um moderador do Pornhub.

A polêmica envolvendo a plataforma, então, continuou. Um dos maiores grupos ativistas contra o Pornhub é a campanha "TraffickingHub", dedicada a "encerrar o Pornhub e responsabilizar seus executivos por permitir, distribuir e lucrar com estupro, abuso infantil, tráfico sexual e abuso sexual baseado em imagem criminosa".

Laila Mickelwait, fundadora da campanha, já foi acusada de estar envolvida em causas cristãs conservadoras e, por isso, querer o fechamento de um dos maiores sites de pornografia. Ao The Verge, a ativista afirmou que "o Traffickinghub não pertence a nenhuma organização" e "não visa a indústria pornográfica legal, mas está exclusivamente focado em fechar o Pornhub por conta da exploração criminosa de inúmeras vítimas". Quando o Instagram bloqueou a conta do Pornhub há algumas semanas, Laila comemorou nas redes sociais.

Agora, depois do banimento ser oficializado como permanente pela Meta, o Pornhub se manifestou através de uma nota assinada por várias pessoas envolvidas com a indústria pornográfica.

No texto, a plataforma acusa o Instagram de realizar uma "aplicação opaca, discriminatória e hipócrita de seus próprios termos e políticas". O Pornhub ainda afirma que o banimento não veio acompanhado de qualquer "justificativa razoável".

A plataforma ainda ressalta que o Instagram é injusto com "um grupo já marginalizado", o de "criadores de conteúdo independentes". A nota afirma que a página não violou as regras, e que banimentos do tipo são comuns na indústria do sexo.

O texto cita celebridades como Kim Kardashian, que postam imagens de nudez e não são banidas. "Exigimos que o Instagram acabe imediatamente com toda discriminação contra os envolvidos na indústria adulta", afirma a nota.


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