O famoso hacker George Hotz, que já brigou com Elon Musk no passado, foi contratado pelo bilionário para trabalhar por 12 semanas no Twitter. Segundo Hotz, seu objetivo é consertar o recurso de pesquisa da rede social, além de remover o aviso que impede pessoas que não fizeram login de navegar pela plataforma na versão para web.
A proposta de emprego surgiu depois que o hacker publicou uma mensagem de apoio ao ultimato de Musk aos funcionários do Twitter. O bilionário afirmou que só deveriam permanecer na empresa os trabalhadores que aceitassem que era necessário ser "extremamente hardcore" e trabalhar "longas horas em alta intensidade".
O comunicado gerou polêmica e fez com que muitos funcionários do Twitter se demitissem, mas Hotz aproveitou para demonstrar seu apoio. "Essa é a atitude que constrói coisas incríveis. Deixe todas as pessoas que não desejam grandeza irem embora", escreveu ele em sua conta no Twitter.
Apesar de apoiar Musk agora, Hotz já foi inimigo do empresário no passado. Em 2015, ele quase aceitou uma vaga de emprego na Tesla, mas desistiu depois que Musk mudou os termos do acordo diversas vezes, segundo relato do hacker à Bloomberg na época.
Na ocasião, Hotz já desenvolvia uma tecnologia de assistência a motoristas que pode ser adaptada em carros existentes, ao contrário da tecnologia da Tesla, que vem embutida nos veículos da fabricante. A ferramenta de Hotz é vendida, hoje, por sua empresa Comma.ai.
Na época em que o hacker quase trabalhou na Tesla, a fabricante de carros elétricos chegou a criticar seus projetos, dizendo à Bloomberg que era "extremamente improvável que uma única pessoa ou mesmo uma pequena empresa que carece de ampla capacidade de validação de engenharia seja capaz de produzir um sistema de direção autônoma que pode ser implantado em veículos de produção".
Além de ter brigado com Musk no passado, Hotz também é conhecido por ser o "hacker do iPhone", já que foi a primeira pessoa a remover o bloqueio do SIM de um iPhone.