A nova modalidade do Uber, o Uber Moto, foi suspensa na cidade de São Paulo e no Rio de Janeiro após sua estreia nesta quinta-feira (5).
O prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), determinou a notificação da empresa por atividade de transporte remunerado de passageiros por motocicleta, modelo não regulamentado na cidade.
Também foi pedido pela prefeitura de São Paulo a avaliação do Comitê Municipal de Uso Viário (CMUV) para a suspensão imediata do funcionamento da modalidade. Nesta sexta-feira (6), a entidade barrou o Uber Moto exigindo medidas de segurança para os condutores e passageiros.
Não há um prazo para a conclusão das investigações do grupo. Fazem parte do comitê representantes de empresas focadas no assunto, especialistas em trânsito e motociclistas.
Já no Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes (PSD) postou em suas redes sociais que se opõe ao modelo devido à competitividade criada pelo aplicativo contra os mototaxistas.
O prefeito também afirmou que irá entrar na com uma ação contra o Uber, e que a empresa apenas defende os "direitos liberais" fora do país.
"Não tem nada mais empreendedor do que uma pessoa humilde, de uma favela, que cria seu serviço de mototáxi", disse. "Nós vamos protejer esses trabalhadores que são os mototaxistas".
De acordo com o relato divulgado pela prefeitura de São Paulo, a Uber afirmou que o transporte por mototaxistas não estava disponível para os paulistanos.
Apesar do anúncio oficial, a modalidade ainda não estava disponível dentro do aplicativo para as capitais. Segundo a Uber, a falta de cadastramento de motoristas não permitiu com que o Uber Táxi fosse instaurado esta semana.
O Uber Moto chegou ao Brasil em novembro de 2020 em Aracaju, BA, e atua em mais de 160 municípios.