Um adolescente de Massachusetts, nos Estados Unidos, morreu após participar do “One Chip Challenge”, um desafio que viralizou nas redes sociais. O objetivo é comer uma tortilha de milho extremamente picante.
Segundo a The Associated Press, a morte de Harris Wolobah foi causada pela ingestão de uma elevada quantidade de capsaicina, o composto responsável pelo calor nas pimentas.
Além disso, Wolobah sofria de cardiomegalia, uma doença cardíaca congênita. A autópsia revelou que o adolescente sofreu parada cardiorrespiratória “no contexto de ingestão recente de uma substância alimentar com alta concentração de capsaicina”.
One Chip Challenge
A tortilha é promovida pela marca Paqui, subsidiária da Hershey Co. O chip contém extratos de Carolina Reaper e outras pimentas extremamente picantes. Após a morte do adolescente, Paqui retirou o produto das prateleiras das lojas. A empresa emitiu um comunicado lamentando a tragédia e expressando condolências à família e amigos de Wolobah, segundo a ABC News.
Syed Haider, médico do MedStar Washington Hospital Center, afirmou que grandes quantidades de capsaicina podem aumentar a contração cardíaca, colocando pressão adicional nas artérias coronárias. Ele declarou ainda que, mesmo os indivíduos sem problemas cardíacos subjacentes podem sofrer complicações graves ao consumir produtos com altas concentrações dessa substância, segundo o The New York Post.
O Centro de Controle de Intoxicações de Massachusetts alertou sobre os riscos do consumo de alimentos extremamente picantes, ressaltando que podem causar reações alérgicas, dificultar a respiração e causar batimentos cardíacos irregulares.
O alerta surge após aumentos nos casos de emergências médicas notificados em adolescentes que participaram neste tipo de desafios, segundo a ABC News.
Essa não é a primeira vez que um adolescente tem consequências sérias de saúde após participar do One Chip Challenge. Há outros casos relatados emoutras partes dos EUA.
Na Califórnia, três estudantes do ensino médio foram hospitalizados e, em Minnesota, sete adolescentes receberam atendimento médico após participarem do desafio em 2022.
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