A Ticketmaster confirmou em uma declaração na sexta-feira (31) que estava investigando uma violação de dados. Um grupo de hackers conhecido como ShinyHunters reivindicou a responsabilidade por roubar as informações de mais de 500 milhões de clientes da plataforma de venda de ingressos.
A empresa-mãe da Ticketmaster, Live Nation Entertainment, afirmou na declaração à SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) que havia "identificado atividade não autorizada dentro de um ambiente de banco de dados em nuvem de terceiros".
O grupo de hackers ShinyHunters, formado em torno de 2020, é suspeito de estar por trás da violação. Brett Callow, analista de ameaças da empresa de cibersegurança Emsisoft, afirmou que é um "ator de ameaça credível", embora pouco seja conhecido sobre o grupo. O principal objetivo do grupo parece ser obter registros pessoais para venda. Vítimas anteriores incluíram a Microsoft e a AT&T, entre outras empresas.
A violação foi revelada inicialmente em uma postagem em 28 de maio em um fórum chamado BreachForums. Segundo a postagem, o grupo tinha informações de identificação de 560 milhões de clientes da Ticketmaster, incluindo números de cartão de crédito e vendas de ingressos.
Embora não tenha ficado claro quando a violação ocorreu, a Ticketmaster identificou pela primeira vez "atividade não autorizada" em 20 de maio. A empresa está trabalhando para mitigar o risco para os usuários e cooperar com as autoridades policiais e regulatórias.
Por enquanto, não parece que as senhas dos clientes tenham sido comprometidas, mas é recomendado que os clientes alterem suas senhas como precaução.
O episódio coloca a Ticketmaster sob mais escrutínio, já que o Departamento de Justiça entrou com uma ação contra a Live Nation em 23 de maio, pedindo a dissolução da empresa por manter, ilegalmente, um monopólio sobre a indústria de entretenimento ao vivo. A Live Nation rejeitou as acusações como "infundadas".
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