Um estudo recente revelou que quatro astronautas ficaram mais jovens durante uma missão espacial que durou três dias. A descoberta pelo rejuvenescimento genético se deu através de uma pesquisa que comprovou que o DNA de cada astronauta apresentava sinais de envelhecimento reduzido.
Ao longo da missão espacial, a oficial médica Hayley Arceneaux coletou amostras de sangue e amostras de pele dela e de seus companheiros de tripulação. O estudo se concentrou nos telômeros, que são capas protetoras nos cromossomos que normalmente encurtam com a idade e o estresse.
No caso dos astronautas, os telômeros alongaram-se durante o tempo que passaram no espaço, sugerindo uma notável reversão temporária no processo de envelhecimento.
O resultado de 'alongamento' dos telômeros não é 100% inédito. Uma observação semelhante foi feita pelo astronauta da NASA Scott Kelly após sua estadia de um ano em órbita em 2015. A missão dos quatro astronautas, porém, serviu para comprovar a tese em um período curto de apenas três dias.
Biólogos acreditam que o aumento no comprimento dos telômeros pode ser uma resposta de proteção aos elevados níveis de radiação encontrados no espaço, um fenômeno que também pode ser encontrado em ambientes extremos e com altitude elevada.
A juventude, porém, durou pouco tempo. Ao retornarem à Terra, os telômeros dos astronautas rapidamente voltaram ao tamanho original e até encurtaram em relação às medidas antes da missão espacial. A rápida redução, inclusive, apresenta sérios riscos à saúde, como possibilidade de doenças cardíacas e cancro.
O estudo observou também outros impactos na saúde da tripulação, como aumento dos marcadores de perda óssea e estresse cerebral.