Uma tempestade solar pode afetar a infraestrutura de comunicações dos Estados Unidos , segundo o Centro de Previsão do Tempo Espacial do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA . O fenômeno chegou à Terra na tarde desta quinta-feira (10) e tem potencial de durar até sexta-feira (11).
Segundo a CNN , a erupção solar e ejeção de massa coronal liberada pelo Sol também podem causar auroras coloridas no céu dos EUA . Além disso, a tempestade pode causar falhas nas comunicações, na rede elétrica e nas operações de satélites.
A severa tempestade solar, inicialmente classificada como nível 4 em uma escala de 1 a 5. Enquanto condições de tempestade de nível 3 (G3), ou fortes, foram observadas a 0h49 (horário de Brasília), os cientistas do centro confirmaram que a tempestade atingiu condições de nível 4 (G4) às 13h57 (horário de Brasília).
A tempestade chegou à Terra se movendo a cerca de 2,4 milhões de quilômetros por hora e alcançou os satélites Deep Space Climate Observatory e Advanced Composition Explorer, que orbitam a 1 milhão de milhas da Terra, cerca de 15 a 30 minutos antes.
"Os satélites medem a velocidade e a intensidade magnética da tempestade", disse Shawn Dahl, coordenador de serviço do Centro de Previsão do Tempo Espacial, em uma coletiva de imprensa na quarta-feira.
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Ejeções de massa coronal
Esta semana, uma série dos tipos mais intensos de erupções solares, conhecidas como erupções de classe X, foram liberadas pelo Sol. Esses fenômenos também coincidiram com ejeções de massa coronal na terça-feira.
As ejeções de massa coronal, ou CMEs, são grandes nuvens de gás ionizado chamadas de plasma e campos magnéticos que se erguem da atmosfera externa do Sol. Essas explosões, quando direcionadas para a Terra, podem causar tempestades geomagnéticas, ou distúrbios significativos no campo magnético do planeta.
“Tempestades geomagnéticas podem impactar a infraestrutura em órbita terrestre e na superfície da Terra”, disse Dahl.
Como resultado, o centro notificou a Agência Federal de Gestão de Emergências, a rede elétrica da América do Norte e operadores de satélites para se prepararem para interrupções. O alerta também leva em consideração os estragos feitos pelo furacão Milton.
“Historicamente, tempestades de nível 4 são comuns durante um ciclo solar, mas tempestades de nível 5, ou geomagnéticas extremas, como a que ocorreu em 10 de maio, são incrivelmente raras Esta nova tempestade tem 25% de chance de se tornar uma G5”, disse Dahl.
Aumento da atividade solar
À medida que o Sol se aproxima do seu período máximo — o pico de seu ciclo de 11 anos, esperado para este ano — ele se torna mais ativo, e os pesquisadores têm observado erupções solares cada vez mais intensas.
A atividade solar aumentada causa auroras que “dançam” ao redor dos pólos da Terra. Esses efeitos são conhecidos como luzes do norte, ou aurora boreal, e luzes do sul, ou aurora austral.
Quando as partículas energizadas das ejeções de massa coronal atingem o campo magnético da Terra, interagem com os gases na atmosfera para criar essas luzes coloridas no céu.
Atualmente, os cientistas do centro acreditam que auroras visíveis provavelmente aparecerão em estados centrais do leste e no meio-oeste inferior dos EUA, mas ainda não se sabe se a tempestade causará um fenômeno global de auroras como a G5 em maio.
No entanto, se a tempestade atual escalar subir o nível, as auroras poderão ser visíveis em estados do sul e em outras partes do mundo.
Picos de atividade solar
Segundo os Cientistas da NOAA, a tempestade desta semana não supera a de maio, quando auraras puderam ser vistas na Europa.
Antes disso, a última tempestade G5 a atingir a Terra ocorreu em 2003, resultando em cortes de energia na Suécia e danificando transformadores elétricos na África do Sul.
Em maio, a tempestade geomagnética causou interferência em GPS da empresa de tratores John Deere. Mas, na maior parte, os operadores da rede elétrica e de satélites mantiveram os satélites em ordem e adequadamente em órbita e gerenciaram o acúmulo de correntes geomagnéticas intensas nos sistemas de rede.
Os cientistas continuam monitorando os picos de atividade solar à medida que aumentam, pois podem indicar onde o Sol se encontra atualmente em seu ciclo.
A velocidade da ejeção de massa coronal de terça-feira surpreendeu os cientistas do centro, pois é a mais rápida medida neste ciclo solar até agora. Mas isso não significa que o pico da atividade solar esteja ocorrendo agora.
Ciclos solares anteriores mostraram que algumas das maiores tempestades podem ocorrer após o pico, afirmou ele.
“Estamos no meio do máximo solar agora; só não sabemos se já atingimos o pico. Isso será decidido mais tarde e pode ser ainda este ano ou até o início do próximo ano. A conclusão é que ainda teremos um período agitado com a atividade do ciclo solar até este ano, bem como no próximo e até o início de 2026”, disse Shawn Dahl
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