Google provavelmente nunca irá pagar a multa
JUSTIN SULLIVAN
Google provavelmente nunca irá pagar a multa


O Google acumulou cerca de US$ 2,5 decilhões — valor é representado por um número seguido de 33 zeros — em multas na  Rússia após anos de proibições feitas no YouTube .

empresa se recusou a restaurar as contas de veículos de comunicação pró-Kremlin e estatais, de acordo com o site de notícias russo RBC nesta terça-feira (29), citando uma fonte anônima familiarizada com as decisões judiciais contra a empresa de tecnologia. Essa é, provavelmente, a maior multa da história.

De acordo com fontes da RBC, o Google começou a acumular multas diárias em 2020 depois que os veículos de mídia pró-governo Tsargrad (canal de TV) e RIA FAN (mídia estatal) ganharam ações judiciais contra a empresa por bloquear seus canais do YouTube. Essas multas diárias dobraram a cada semana, levando à multa geral atual de cerca de 2 undecilhões de rublos — ou 2,5 decilhões de dólares.

Um total de 17 canais de TV russos entraram com ações judiciais contra o Google, de acordo com uma das fontes da RBC. Entre eles estão a estatal Channel One e a emissora militar Zvezda.

O YouTube, que é de propriedade do Google, bloqueou vários veículos de mídia estatais russos por seu apoio à invasão em larga escala da Ucrânia. As autoridades em Moscou retaliaram com multas, mas não chegaram a bloquear o site.

A empresa precisa pagar a multa?

O Google, cuja empresa controladora Alphabet relatou uma receita de mais de US$ 307 bilhões em 2023, provavelmente nunca pagará a multa incrivelmente alta.


A subsidiária russa da empresa entrou com pedido de falência no verão de 2022 e foi oficialmente declarada falida no no segundo semestre de 2023. O Google havia interrompido a publicidade na Rússia para cumprir as sanções ocidentais sobre a guerra na Ucrânia.

A Justiça russa terá dificuldade em cobrar o pagamento da multa, já que a subsidiária no país teve a falência decretada por causa dos processos e porque a big tech não deve voltar a operar na Rússia, pelo menos enquanto não houver uma mudança de governo.

** Formado em jornalismo pela UFF, em quatro anos de experiência já escreveu sobre aplicativos, política, setor ferroviário, economia, educação, animais, esportes e saúde. Repórter de Último Segundo no iG.

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