
O aplicativo de mensagens Signal ganhou destaque após a revista The Atlantic revelar que membros do governo Trump discutiram planos de guerra na plataforma.
O editor-chefe da revista, Jeffrey Goldberg, foi adicionado por engano a um grupo onde altos funcionários, como o secretário de Defesa Pete Hegseth, o secretário de Estado Marco Rubio e o vice-presidente J.D. Vance, debatiam ataques contra rebeldes no Iêmen.
Goldberg relatou: “Eu não conseguia acreditar que a liderança da segurança nacional dos Estados Unidos iria comunicar no Signal sobre planos de guerra iminentes”.
O episódio, ocorrido em 24 de março, foi classificado como uma “falha extraordinária” de segurança pelo New York Times.
Questionado sobre o incidente, Donald Trump afirmou: “Eu não sei de nada. Você está me contando isso pela primeira vez”, segundo a BBC.
Os diferenciais do Signal
Lançado em 2012 e mantido pela Signal Foundation desde 2018, o aplicativo é conhecido por sua criptografia de ponta a ponta, que torna a interceptação de mensagens praticamente impossível.
Diferente de outros apps como WhatsApp e Telegram, o Signal não permite rastrear usuários pelo número de celular, garantindo anonimato. Por isso, é amplamente utilizado por jornalistas, ativistas e informantes que buscam maior privacidade.
Personalidades como Elon Musk e Edward Snowden já recomendaram o uso do aplicativo.
Uso no Brasil e polêmicas locais
No Brasil, o Signal também foi palco de controvérsias. Em 2024, quatro militares do Exército discutiram o Plano Punhal Verde e Amarelo em um grupo chamado “Copa 2022”.
Sob codinomes de países, eles planejaram um golpe de estado e a execução de autoridades, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
A investigação da Polícia Federal resultou na prisão dos envolvidos em novembro de 2024.