Estande da Konami
Pedro H. Lopes Portal iG
Estande da Konami

Nos últimos anos, o que antes era apenas um game de futebol virou um fenômeno que transita entre competições, cultura digital, influenciadores e narrativas de comunidade. O eFootball, sucessor do clássico Pro Evolution Soccer (PES), se consolidou como um dos principais nomes no cenário de esportes eletrônicos, mesclando jogabilidade, licenças oficiais, parcerias impactantes e experiências que vão muito além do controle do joystick. E no Brasil, país que respira futebol, esse universo ganha contornos ainda mais intensos.

Foi nesse clima de reencontro e celebração que a Konami decidiu marcar presença forte na Brasil Game Show 2025, depois de 13 anos afastada do evento, para mostrar que o eFootball continua sendo tão relevante quanto emocional. Conversamos com Tommy Willians, diretor de comunicação da Konami, para entender o que motivou esse retorno, como a empresa vê o Brasil hoje, e o que pode vir de novidade para quem vive o futebol digital.

Comunidade, retorno e o valor do público brasileiro

Tommy Willians
Pedro H. Lopes Portal iG
Tommy Willians

Para Tommy, o retorno da Konami à BGS não é só uma jogada estratégica, é um gesto de reconhecimento:

“A comunidade brasileira para o e-futebol é super importante para nós no Brasil. Mas não só para o e-futebol, mas para todos os nossos jogos. Metal Gear, Silent Hill e, é claro, o Yu-Gi-Oh também. Então é super emocionante para nós estarmos aqui e a energia que a comunidade brasileira e as pessoas em geral... é sem dúvidas, com certeza.”

Ele relembra que muitos achavam que o tempo de espera tinha sido de “mais de 10 anos”, mas, acertadamente, reconhece os 13 anos exatos desde a última participação da Konami na feira. Esse retorno, além de simbólico, serve para mostrar que o Brasil não está sendo só mais um mercado, mas um parceiro ativo.

E quando pensamos que a Konami está apenas celebrando, vem a surpresa: crossovers criativos e parcerias com universos distintos. Tommy nos contou como surgiu a ideia de unir eFootball com Yu-Gi-Oh, trazendo Neymar como “Dark Magician”:

“Sim, eu não posso te dizer quem foi a pessoa exata que começou, vamos fazer esse crossover... Mas, você sabe, foi uma parceria com várias partes diferentes. O Shueisha tem o Yu-Gi-Oh e nós licenciamos para o TCG e os jogos digitais.”

Além disso, ele destaca que esse tipo de colaboração é “uma dessas progressões nacionais onde duas propriedades de Konami se juntam”. E isso vai além de estratégia: é sobre reconhecer que os fãs têm gostos múltiplos, jogam videogame, assistem anime, curtem cartas colecionáveis, e que essas interseções tornam a experiência mais rica.

Ativando a base: influenciadores, eventos e presença local

Estande da Konami
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Estande da Konami

Outra frente que aparece repetidamente quando se fala do sucesso do eFootball no Brasil é a atuação local, influenciadores, parcerias, eventos. Tommy enfatiza:

“Sabe, é uma dessas coisas que nós... De novo, o Brasil é uma grande prioridade para nós, para sempre. Então, é uma questão de... Agora, nós estamos apenas fazendo isso. É só como evoluímos para alcançar essas necessidades. Como as gerações passam e coisas assim. É por isso que estamos aqui, fazendo coisas onde podemos tirar fotos. Quanto mais interativos pudermos ser, melhor. Com o eFootball, estamos trabalhando com o Negrete para fazer várias coisas e diferentes atividades com diferentes influenciadores e criadores de conteúdo dentro da comunidade eFootball. E isso nos ajuda também a ter um melhor alcance com a população geral aqui no Brasil.”

A parceria com a Player1 Gaming Group (P1GG) também é mencionada como peça-chave: ela tem ajudado não só a viabilizar essas conexões com influenciadores e criadores de conteúdo, mas também contribui para trazer o entendimento local sobre o que o público quer, algo que vai além dos consoles e modos de jogo.

O que esperar daqui pra frente

Tommy evita dar muitos spoilers, mas confirma que o relacionamento com P1GG, com Negrete e com influenciadores vem de longo prazo e não é só para “tirar fotos” em feira. Novos projetos estão no radar, novas interações, e o compromisso parece ser de consolidar presença, não apenas colher aplausos.

Para os jogadores, fãs e curiosos, o recado é claro: o eFootball quer ser um lugar de convergência, de fãs de futebol tradicional, de cultura geek, de cartões colecionáveis, de influenciadores, de comunidade local. E no Brasil, esse ecossistema já pulsa forte.

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