Uma loja da Apple em Shenyang, China, em 30 de outubro de 2023
STR
Uma loja da Apple em Shenyang, China, em 30 de outubro de 2023
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A Apple removeu o WhatsApp e o Threads da sua loja de aplicativos na China a pedido das autoridades, informou a agência Bloomberg nesta sexta-feira (19).

A China monitora de perto a Internet e os veículos de comunicação, submetidos a regras rigorosas. Todos os dias, os censores eliminam conteúdos que criticam a política estatal ou que poderiam criar descontentamento.

No gigante asiático, os usuários não podem, por exemplo, ter acesso a sites estrangeiros (Google, YouTube), aplicativos e redes sociais (X, Instagram, Facebook) sem ferramentas informáticas que permitam contornar bloqueios, como a rede privada virtual (VPN).

"A Administração do Ciberespaço da China (CAC) ordenou a remoção destes aplicativos por razões de segurança nacional", afirmou a Apple em comunicado, citado pela agência de notícias Bloomberg.

"Somos obrigados a cumprir as leis dos países onde estamos presentes, mesmo que não concordemos", acrescentou o grupo americano.

O WhatsApp é um aplicativo de mensagens instantâneas para smartphones e o Threads é um concorrente do X (antigo Twitter). Ambos pertencem ao grupo americano Meta.

A AFP tentou contato com a Apple, o CAC e o Ministério da Indústria e Tecnologia da China, mas nenhum respondeu até agora.

Nem o WhatsApp nem o Threads estavam disponíveis nesta sexta-feira na versão chinesa da App Store, loja virtual da Apple onde são baixados os aplicativos. Os aplicativos de mensagens Signal e Telegram também não estavam disponíveis.

No entanto, todos esses aplicativos ainda podem ser baixados em App Stores fora da China continental.

O WhatsApp foi amplamente suplantado na China pelo WeChat, que além de ser um serviço de mensagens, permite fazer pagamentos e compras online, entre outros. O aplicativo é usado diariamente por centenas de milhões de chineses como meio de pagamento.

Já o Threads, que permite aos usuários postar conteúdo de texto, foto e vídeo, tem um equivalente desde 2009 na China: o Weibo.

Os produtos da Apple, do iPhone ao iPad, são muito populares na China, um dos principais mercados externos do grupo americano.

A marca Apple sempre se absteve de se posicionar sobre questões delicadas ou de ofender as autoridades chinesas. O seu CEO foi recebido em diversas ocasiões por autoridades chinesas.

    AFP

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