Atriz vencedora do Oscar, Halle Berry se uniu a um grupo de senadores dos Estados Unidos, nesta quinta-feira (2), para anunciar uma nova legislação que destina milhões de dólares para pesquisa e educação sobre a menopausa.
"O constrangimento precisa ser retirado da menopausa. Precisamos falar sobre essa parte muito normal de nossas vidas", disse a estrela de Hollywood, que ganhou o Oscar de melhor atriz pelo drama romântico "A Última Ceia", de 2001.
Intitulado Lei de Avanço do Cuidado da Menopausa e Saúde de Mulheres de Meia-Idade, o projeto patrocinado por senadores de ambos os partidos destinaria US$ 275 milhões (R$ 1,4 bilhão) para pesquisa, aumento da conscientização e treinamento de profissionais de saúde para lidar com a mudança hormonal pela qual as mulheres passam, principalmente na meia-idade.
"A menopausa não é um palavrão. Não é algo para se envergonhar", disse Patty Murray, democrata do estado de Washington, a jornalistas durante uma coletiva de imprensa do lado de fora do Capitólio.
"E não é algo que o Congresso ou o governo federal devam ignorar", acrescentou.
A medida ainda não tem um destino certo até o gabinete de Joe Biden, mas Murray e seus colegas indicaram aos jornalistas que o objetivo era conseguir o maior número possível de co-patrocinadores antes de pedir que seja submetida à votação no Senado.
Berry, a primeira e única mulher negra a ganhar um Oscar de Melhor Atriz, tem compartilhado suas próprias experiências com a menopausa, defendendo que precisa ser "desestigmatizada".
A atriz, cuja filmografia inclui a série "X-Men", o filme de James Bond "007 - Um Novo Dia Para Morrer" (2002) e o controverso "Mulher-Gato", de 2004, disse aos repórteres que seu médico se recusou a usar a palavra "menopausa" na sua frente.
"Eu, então, me dei conta de que ele não iria falar", contou Barry. "Pensei 'certo, eu vou ter que fazer o que nenhum homem consegue: preciso dizer'. Eu falei: 'estou na menopausa'".