Imagem obtida pela Nasa mostra o asteroide Apophis capturado pelo instrumento Photodetecting Array Camera and Spectrometer a bordo do telescópio espacial Herschel da Agência Espacial Europeia, em 5 e 6 de janeiro de 2013
AFP
Imagem obtida pela Nasa mostra o asteroide Apophis capturado pelo instrumento Photodetecting Array Camera and Spectrometer a bordo do telescópio espacial Herschel da Agência Espacial Europeia, em 5 e 6 de janeiro de 2013

sonda espacial europeia Ramses vai se aproximar do asteroide Apophis, que passará perto da Terra em 2029, para estudar como a atração terrestre afeta seu comportamento, anunciou a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) nesta terça-feira (16).

A Rapid Apophis Mission for Space Security (Ramses) prevê uma aproximação, a uma distância segura, do asteroide com cerca de 375 metros de diâmetro.

O corpo celeste, nomeado a partir da divindade do caos na mitologia egípcia, deverá passar a uma distância de 32 mil quilômetros da Terra, mais perto do que os satélites de comunicação, no dia 13 de abril de 2029, e será brevemente visível a olho nu para cerca de dois bilhões de pessoas na Europa, África e partes da Ásia, de acordo com um comunicado da ESA.

Os astrônomos descartam qualquer risco de colisão com a Terra nos próximos 100 anos. Mas a proximidade de Apophis é um acontecimento incomum que ocorre uma vez a cada cinco ou dez mil anos.

A sonda Ramses decolará em abril de 2028 e fará sua aproximação ao asteroide em fevereiro de 2029, dois meses antes de chegar a seu ponto mais próximo da Terra.

Seus instrumentos vão estudar a forma e superfície do corpo celeste e, sobretudo, a influência exercida pela atração gravitacional da Terra.

"Ainda temos muito a aprender sobre os asteroides. Pela primeira vez, a natureza nos traz um asteroide e vai fazer ela mesma o experimento", disse Patrick Michel, especialista neste tipo de corpo celeste e diretor de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS, na sigla em francês) do Observatório Côte d'Azur, no sudeste da França.

"Teremos apenas que observar como Apophis é esticado e comprimido pelas poderosas forças de maré, o que pode causar colapsos e outros fenômenos, e revelar novo material sob sua superfície", acrescentou.

Espera-se que o Conselho Ministerial da ESA tome uma decisão formal sobre o lançamento da missão em novembro de 2025.

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