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A política exige coragem. Exige compromisso. Exige a disposição de enfrentar adversidades para transformar discursos em ações concretas. A eleição para a presidência do Senado foi mais do que uma disputa; foi a chance de definir o rumo do Congresso e, consequentemente, do Brasil. Infelizmente, perdemos essa oportunidade de mudança .

Desde que fui eleito senador, assumi um compromisso com os mais de 10 milhões de brasileiros que confiaram em mim para representá-los. Não foi para ser figurante, não foi para assistir de braços cruzados a inércia institucional que impede o avanço das pautas que a população clama há anos. Minha candidatura à presidência do Senado não foi um projeto pessoal, mas sim um ato de coerência com os princípios que me trouxeram até aqui .

O Brasil vive um momento crítico. Em meio a decisões que afetam a liberdade de expressão, os direitos individuais e o equilíbrio entre os Poderes, o Senado deveria ser um contrapeso sólido, capaz de garantir que os pedidos de impeachment não ficassem engavetados e que temas como a anistia dos manifestantes perseguidos fossem debatidos . Infelizmente, essa eleição reforçou um cenário onde a política muitas vezes se curva à acomodação, ao invés de buscar soluções reais para as demandas populares.

Me mantive na disputa porque acredito que a direita precisa disputar espaços de poder real e não apenas aceitar acordos que limitam sua atuação . Como dizia Ruy Barbosa, "Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado!" A pergunta que deixo é: se a direita nunca ousar disputar, como um dia pretende ocupar o comando do Senado?

Meu respeito ao ex-presidente Jair Bolsonaro permanece inabalável. Foi ele quem me trouxe para a política e me deu a oportunidade de servir ao país como ministro. Mas, assim como ele disputou quatro vezes a presidência da Câmara para defender suas convicções, também tive o dever de seguir o caminho que julguei ser o mais correto . Amigos verdadeiros não precisam concordar em tudo, mas sempre querem o melhor um para o outro.

O meu partido, o PL, tomou a decisão de apoiar outro candidato. Respeitei e continuo respeitando a decisão, mas sempre defendi que ser leal não significa ser submisso . Antes de anunciar minha candidatura, conversei com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que compreendeu que minha candidatura era independente, mas alinhada com os valores da direita . Nunca houve afronta de minha parte, mas sim uma divergência estratégica dentro de um mesmo objetivo maior de fortalecer nossas pautas e ampliar o espaço da direita no Senado.


Agora, a eleição passou, e seguimos juntos . Terminada essa disputa, é hora de olhar para frente e colocar em andamento as pautas que defendi durante a campanha, que compreendo serem também do meu partido e de grande parte do Senado . A política exige maturidade, e meu compromisso sempre foi e continuará sendo com o Brasil.

Esse compromisso não se limita apenas às pautas que mobilizam a direita, mas a um Brasil que precisa avançar em ciência, tecnologia, educação, saúde, sustentabilidade ambiental e econômica. Basta olhar para os preços dos alimentos, dos combustíveis, da energia – e quem mais sofre com isso é a população menos favorecida. O crescimento sustentável e a inovação tecnológica não são apenas bandeiras teóricas; são caminhos reais para reduzir desigualdades e melhorar a vida dos brasileiros. Nos últimos dois anos, apresentei mais de 300 proposições voltadas para esses temas essenciais ao desenvolvimento do país . E não podemos parar. A pesquisa científica, a modernização da indústria e o incentivo ao conhecimento são fundamentais para garantir um Brasil mais forte e competitivo para as próximas gerações .

O momento agora é de união, para que possamos trabalhar juntos na defesa da democracia, do equilíbrio entre os Poderes e do fortalecimento do Senado como um espaço de verdadeira representatividade popular. A política não se faz apenas com embates ideológicos, mas com soluções concretas .
A coragem para enfrentar desafios continua sendo minha bússola. E, acima de tudo, meu compromisso com o Brasil segue intacto .

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