
Assim como a inteligência artificial, a segurança cibernética é um tema transversal que afeta todo o país e o planeta, abrangendo todos os setores sem distinção. Para que um ataque tenha sucesso, basta acertar uma vez, enquanto a defesa não pode falhar nenhuma. Essa vulnerabilidade torna crucial a atenção e o cuidado contínuos com a segurança cibernética. E olha, o Brasil é vice-campeão nesse tipo de ameaça.
Segundo o Panorama de Ameaças para a América Latina 2024, da Kaspersky, são mais de 1300 ataques por minuto. No período de 1 ano, foram mais de 700 milhões de ataques cibernéticos registrados no Brasil. Na América Larina, os ataques contra celulares cresceram 70%, atingindo um número histórico. Já o Relatório Global de Ameaças 2025 da CrowdStrike aponta que 51 segundos foi o tempo do e-crime mais rápido registrado para comprometimento, sendo que 26 adversários foram recém-identificados em 2024, além de 52% da vulnerabilidade observada pela empresa estava relacionada ao acesso inicial. Um relatório divulgado pela IBM, intitulado de “ Cost of Data Breach ”, mostra que o custo médio da violação dos dados, no nosso país, é de R$ 6,75 milhões.
De acordo com as pesquisas, as principais ameaças são:
- Publicidade indesejada de aplicativos;
- Programa fraudulento conhecido como SpyLoan (que oferecem empréstimos);
- Phishing e vishing
- Ataques de ransomware
- Vulnerabilidade das nuvens, como configurações incorretas e acessos não autorizados
- Ataques impulsionados por IA
A profundidade do tema se manifesta desde a defesa nacional, onde ataques cibernéticos podem ter um impacto ainda maior do que armamentos físicos, até a estrutura do país, incluindo setores públicos e privados como bancos e sistemas de saúde . Chegando ao cidadão, os riscos cibernéticos também são uma preocupação crescente.
Para enfrentar esse desafio, existe a necessidade de educação e conhecimento disseminados em toda a população, não apenas no nível técnico, mas como uma cultura geral. A segurança cibernética, assim como a segurança de voo, depende muito da conscientização de cada um de nós. A defesa cibernética requer trabalho em conjunto.
Mas a participação do Congresso Nacional é essencial! Para isso, criamos a Frente Parlamentar de Apoio à Cibersegurança e à Defesa Cibernética( FPCIBERSEG), lançada nesta terça (25/03/25). A frente é de autoria e presidência do meu amigo, o Senador Esperidião Amim (PP-SC) e já conta, até o momento, com a participação de 18 senadores e 4 deputados federais. O Senador Hamilton Mourão (REPUBLICANOS/PR) é o Vice-Presidente Executivo. Os senadores Sérgio Moro (UNIÃO/PR); Izalci Lucas (PL/DF), Damares Alves (REPUBLICANOS/DF) e Jorge Seif (PL/SC) são os Vice-Presidentes Jurídico, Legislativo, de Assistência Social e Financeiro, respectivamente.
A Frente Parlamentar de Apoio à Cibersegurança e à Defesa Cibernética, de âmbito do Congresso Nacional, tem como objetivo principal promover debates sobre os melhores modelos de políticas públicas de cibersegurança e defesa cibernética. Além disso, busca debater a necessidade de criar uma agência reguladora nacional que coordene tanto a prevenção quanto a resposta a ataques cibernéticos que afetam as infraestruturas críticas nacionais, trabalhando em conjunto com o setor privado e a academia.
Outro foco importante é propor medidas legislativas para atualizar o marco legal brasileiro de segurança de dados e aumentar a resiliência do escudo cibernético nacional. A frente também visa estimular parcerias entre a indústria de cibersegurança e os órgãos públicos para desenvolver tecnologias e inovações que fortaleçam o modelo nacional de cibersegurança e defesa cibernética.
Além disso, pretende-se propor atos normativos e medidas para fortalecer os setores de cibersegurança e defesa cibernética, essenciais para garantir a soberania nacional.
A frente busca realizar encontros, seminários e congressos para compartilhar boas práticas de cibersegurança e combate ao crime cibernético. Além disso, busca iniciativas articuladas parlamentares com ações do governo e de entidades da sociedade civil. Por fim, atuará junto ao poder público para ampliar fontes de recursos e financiamentos, tanto públicos quanto privados, equiparando o Brasil aos padrões orçamentários dos países do G20 em matéria de cibersegurança e defesa cibernética.
A criação da frente é importante porque forma um tripé de proteção para o país com a coordenação da segurança cibernética com inteligência artificial e proteção de dados. A segurança cibernética é uma corrida constante que não podemos perder, sendo crucial avançar a cada dia.