A Xiaomi anunciou, neste domingo (31), a abertura de um processo contra o governo dos Estados Unidos . A ação judicial é uma reação da fabricante de celulares das linhas Mi, Poco e Redmi após ser incluída na lista de "empresas militares comunistas chinesas".
O processo foi aberto nesta sexta-feira (29) na corte do Distrito de Colúmbia, onde fica a capital Washington, contra os Departamentos de Defesa e de Tesouro do governo americano. Em comunicado, a companhia explica que a decisão de incluir a fabricante na lista "foi factualmente incorreta e privou a empresa de devido processo legal".
Xiaomi nega ser "empresa militar comunista chinesa"
A abertura do processo acontece após o Departamento de Defesa anunciar a inclusão de nove companhias à lista de "empresas militares comunistas chinesas" no último dia 14. Além da Xiaomi , a relação ainda teve o acréscimo da companhia de aviação Comac.
"O Departamento de Defesa divulgou os nomes de 'empresas militares comunistas chinesas' adicionais que operam direta ou indiretamente nos Estados Unidos, de acordo com a exigência estatutária da Seção 1237 da Lei de Autorização de Defesa Nacional para o ano fiscal de 1999, conforme alterada", anunciaram em comunicado à imprensa.
Em resposta, na época, a Xiaomi negou as acusações ao afirmar que não é de "propriedade, controlada ou afiliada ao exército chinês". A fabricante também disse que não é uma "empresa militar comunista chinesa" e que tomaria "as medidas adequadas para proteger os interesses da empresa e de suas partes interessadas".
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Vale lembrar que a fabricante de celulares, pulseiras fitness como a Mi Band e demais tipos de produtos não está na mesma lista da qual a Huawei faz parte devido ao atrito entre a companhia e o governo dos Estados Unidos. Caso não haja alterações, os investidores terão de alienar suas ações até novembro de 2021.