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Apple cria esquema para impedir vazamentos
Unsplash/Mihai Moisa
Apple cria esquema para impedir vazamentos

Os vazamentos de informações sobre eventos e produtos no mercado de tecnologia é uma constante preocupação para todas as fabricantes. Por isso, a Apple estaria realizando um novo esforço para reprimir a atividade dos chamados “leakers” , divulgando estrategicamente informações falsas sobre lançamentos e eventos para identificar funcionários possivelmente responsáveis por rumores.

Informações falsas identificam leakers

A informação vem do site especializado Apple Insider , que lembra que, por mais que a empresa nunca tenha confirmado nenhuma ação do tipo, em março de 2021 os principais leakers dedicados a produtos da fabricante estavam errados sobre um evento que estava por vir.

Ao semear estrategicamente informações falsas sobre produtos e eventos, a Apple abala a credibilidade dos leakers, enquanto se aproxima das fontes dos vazamentos. A empresa poderia estar pondo novamente em prática a estratégia em conjunto com sua mais recente investida contra a obtenção ilegal de hardware e informações.

Apple está tomando ações legais contra vazamentos

A empresa americana enviou mais uma carta de cessar e desistir para um leaker chinês envolvido em um esquema ilegal de venda de protótipos de iPhones nas redes sociais. Trata-se de uma intimação que pode resultar na abertura de um processo na justiça caso o indivíduo não interrompa as atividades descritas.

A carta foi enviada em meados de junho pelo escritório de advocacia Fangda Partners, que atua na China a serviço da Apple. O documento foi obtido pelo Motherboard , que revelou nesta quarta-feira (28) que a empresa exige que o leaker revele suas fontes, pare suas atividades, e coopere com a investigação, ou levará o caso à justiça.

“Por meio de investigação, a Apple obteve evidências relevantes sobre a divulgação não autorizada de produtos inéditos e rumores da Apple”, diz a carta. "Sua infração intencional se manifesta especificamente como: divulgação de informações não publicadas sobre os novos produtos da Apple por meio de plataformas de mídia social, incluindo, mas não se limitando, ao design e desempenho desses novos produtos."

Em junho, outras duas cartas foram enviadas a conhecidos leakers chineses, também os intimando a interromper suas atividades de divulgação de informações confidenciais. Porém, o maior esforço da Apple está em encontrar as fontes desses vazamentos, que geralmente são funcionários da própria empresa, trabalhadores de fábricas e designers que roubam desde informações privilegiadas até produtos, protótipos e peças.

Para a Apple, esse problema não afeta apenas sua estratégia de marketing. Existe um mercado paralelo de compra e venda desses vazamentos no mercado negro, principalmente dedicado a desmantelar aparelhos e software para encontrar brechas de segurança nos produtos e revelar seus segredos.

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