A Samsung anunciou o Galaxy S22 e S22+ na semana passada com melhorias na tela. A companhia, no entanto, atualizou a ficha técnica dos celulares para informar que a taxa de atualização dos painéis, na verdade, varia de 48 Hz até 120 Hz e não de 10 Hz até 120 Hz. Segundo a marca sul-coreana, a mudança mantém a especificação de acordo com o "padrão da indústria mais amplamente reconhecido".
No anúncio do Galaxy S22, a Samsung afirmou que as edições convencional e Plus tinham taxa de atualização entre 10 Hz e 120 Hz. A medida chamou a atenção por ser um diferencial em relação ao Galaxy S21 e S21+. Mas a empresa atualizou os materiais de divulgação para informar uma nova frequência mínima dos painéis: 48 Hz.
A alteração foi percebida pelo analista Ross Young. Pelo Twitter, ele informou que a Samsung atualizou o comunicado publicado na quarta-feira (9), quando os celulares foram apresentados. A mudança aparece nos anúncios para o público global (em inglês), mas ainda não chegou à versão brasileira (em português).
"As especificações para taxa de atualização e segurança da tela foram revisadas em 11 de fevereiro de 2022 para fornecer informações mais precisas", diz uma nota de rodapé na versão global do comunicado.
O Galaxy S22 Ultra, por sua vez, permanece com as especificações informadas durante o lançamento. Ou seja, o celular tem taxa de atualização de 1 Hz até 120 Hz.
Samsung explica mudança na ficha técnica
A Samsung falou sobre a alteração na ficha técnica do Galaxy S22 e S22+ nesta terça-feira (15). Ao Phone Arena, a fabricante afirmou que posteriormente optou "por atualizar a forma como comunicamos essa especificação para estar de acordo com o padrão da indústria mais amplamente reconhecido". Confira na íntegra:
"Gostaríamos de esclarecer qualquer confusão relacionada à taxa de atualização da tela para Galaxy S22 e S22+. Enquanto o componente de exibição de ambos os dispositivos suporta entre 48 Hz e 120 Hz, a tecnologia proprietária da Samsung oferece taxas de atualização de exibição ajustáveis, onde as taxas de transferência de dados do processador para o monitor podem ser minimizadas para até 10 Hz para economizar o consumo de energia.
A taxa de atualização da tela foi originalmente listada entre 10 Hz e 120 Hz (10 a 120 quadros por segundo), e posteriormente optamos por atualizar a forma como comunicamos essa especificação para estar de acordo com o padrão da indústria mais amplamente reconhecido. Os consumidores podem ter certeza de que não houve alteração nas especificações de hardware e ambos os dispositivos suportam até 120 Hz para rolagem super suave".
A mudança, ainda assim, joga um balde de água fria em quem se empolgou com a novidade. Afinal, com exceção do processador e das câmeras, há poucas diferenças entre Galaxy S22 e S22+ e os seus respectivos antecessores. Além disso, a especificação dava a entender que a nova geração trazia um painel mais avançado, o que poderia contribuir principalmente na economia de energia.
O Android Authority ainda traz outra observação que vale ser compartilhada. A limitação pode até auxiliar o processador a obter mais eficiência, já que o chip não precisa fornecer tantos dados de exibição ao painel. No entanto, a tela é o componente que mais consome energia em qualquer smartphone. Portanto, um display que reduz a frequência para 10 Hz poderia ter um ganho muito maior, na teoria.
Galaxy S22 vem sem função que acelera atualizações
Os celulares Android podem ser atualizados em menos tempo com o auxílio do Seamless Updates. Além de agilizá-las, a função do Google permite que novas versões do Android sejam instaladas enquanto o celular permanece em uso. O Galaxy S22, S22+ e S22 Ultra, porém, não contam com a solução.
O relato também parte do Twitter. Na segunda-feira (14), Mishaal Rahman lembrou que o Galaxy S21 não oferece suporte ao recurso e perguntou se a Samsung integrou o Seamless Updates com partições A/B no Galaxy S22. A resposta veio do editor sênior do 9to5Google, Ben Schoon, no mesmo dia: "Não. Novamente".
Caso não esteja a par, as atualizações contínuas usam um sistema com duas partições (por isso são chamadas de A e B). Funciona assim: o update é instalado "silenciosamente" em uma partição enquanto a outra permanece em uso. Além de evitar o desligamento do celular para fazer a atualização, esse esquema ajuda a prevenir problemas se houver alguma falha durante o processo, por exemplo.
"Os usuários podem continuar usando seus dispositivos durante uma atualização via OTA — o único tempo de inatividade durante uma atualização é quando o dispositivo é reinicializado na partição de disco atualizada", diz o Google. "Após uma atualização, a reinicialização não demora mais do que uma reinicialização normal".
Ainda assim, é importante notar que a linha Galaxy S22 recebeu um baita incremento quando o assunto é atualização. A Samsung prometeu quatro novas versões para os celulares da linha lançados com Android 12. Além disso, os modelos terão direito a cinco anos de correções de segurança fornecidos pela marca sul-coreana.