De acordo com Mishaal Rahman, editor do Esper, o Google finalmente está exigindo das fabricantes suporte virtual às partições A/B no Android 13. Esse recurso é fundamental para habilitar as atualizações ininterruptas (Seamless Updates), disponíveis desde a versão 7 (Nougat) do sistema. Sua vantagem é permitir a instalação de uma nova versão em segundo plano enquanto o usuário usa o celular normalmente.
Em todo smartphone existem duas partições, uma é a A (onde fica a versão do Android que está sendo usada, e é possível guardar tudo que quiser), a outra é a B (reservada para guardar os arquivos originais do sistema).
Para atualizar seu Android hoje, é preciso baixar o pacote com a nova versão na partição A, reiniciar o aparelho e, então, esperar alguns minutos para que os arquivos sejam substituídos na B.
Com as atualizações ininterruptas, será possível usar o smartphone normalmente usando a partição A, enquanto os arquivos do novo sistema são baixados e atualizados em segundo plano na B. Depois, basta reiniciar e usar a nova versão.
O grande entrave desse recurso, contudo, era justamente a baixa adoção por parte das fabricantes, como a Samsung, por exemplo.
Para as empresas, trazer essa função demandaria mais espaço de armazenamento em um smartphone do que no processo convencional. Rahman explica que o Google trabalhou bastante para reduzir a quantidade de armazenamento necessário.
Por mais que o recurso seja uma "mão na roda", tudo indica que ele será obrigatório apenas para os dispositivos que saírem de fábrica com o Android 13. Dessa forma, talvez não o vejamos nos smartphones da Samsung até o futuro "Galaxy S23".
Android 13 já está disponível
O Google lançou oficialmente o Android 13 na primeira quinzena de agosto. O sistema foi liberado para os Pixels primeiro, mas as demais fabricantes já estão trabalhando para atualizarem seus dispositivos.
Entre as que confirmaram, temos: a ASUS, a Motorola, a Nokia, a OnePlus, a Oppo, a Samsung e a Xiaomi. A atualização foca principalmente no layout do sistema, privacidade e conectividade.
O sistema era testado desde fevereiro passado e teve sua última versão beta liberada em julho. De lá para cá, o Google trabalhou bastante para implementar sutis novidades.
Estão entre os novos recursos: escolhas de idiomas independentes para cada app, limpeza automática da área de transferência, permissão para os apps enviarem notificações e suporte ao áudio espacial com rastreamento de cabeça.