Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Duisburg-Essen, na Alemanha, tenta explicar um fenômeno que desafia os especialistas em robótica há anos: o “Uncanny Valley”, ou “ Vale da Estranheza ”.
Já há algum tempo os cientistas sabem que quanto mais humano um robô se parece, mais empatia sentimos por ele. Entretanto, quando a aparência atinge um ponto “quase” humano, passamos a sentir uma forte rejeição. Se colocarmos esta correlação em um gráfico, vemos que a empatia sobe até despencar subitamente, gerando o “vale” no gráfico que dá o nome ao fenômeno.
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Segundo o site Mashable, os pesquisadores alemães submeteram 21 voluntários a testes de ressonânica magnética funcional (fMRI) enquanto estes realizavam testes cognitivos. No primeiro, os voluntários viram uma série de figuras e tinham de classificá-las em o quanto “agradáveis” ou humanas elas pareciam. No segundo, as figuras foram apresentadas aos pares, e os voluntários tinham que indicar de qual delas gostariam de ganhar um presente.
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Como previsto, as figuras humanas ou apenas humanóides foram as preferidas no teste, enquanto as “quase humanas” foram rejeitadas. Analisando os resultados das ressonâncias, os pesquisadores descobriram áreas próximas ao córtex visual responsáveis por “decodificar” as faces e características das imagens. A junção temporo-parietal seria a responsável por classificar o quão agradável é a figura, enquanto o córtex pre-frontal dorsomedial e o giro fusiforme faziam a distinção entre humano e não humano.
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Uma conclusão à qual os cientistas chegaram foi a de que a decisão entre o que é agradável e o que é estranho é subjetiva, e não havia um tipo de robô que fosse agradável ou assustador para todos os partitpantes. Um dado importante, à medida em que agentes virtuais e inteligência artificial fazem cada vez mais parte de nossas vidas.