Na última quinta-feira (28), a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça, instaurou um processo administrativo contra o Google. A justificativa para a investigação é de que há indícios de que o YouTube realiza a coleta de informações de geolocalização de crianças e adolescentes sem o consentimento de seus pais.
O uso dessas informações ainda é incerto, mas é possível prever que a prática esteja ligada ao direcionamento de publicidade. O processo cita uma multa de US$ 170 milhões aplicada pela FTC (Comissão Federal de Comércio americana) em um processo semelhante.
Leia também: Papa Francisco dá alerta a empresas de tecnologia sobre proteção de crianças
A multa aplicada contra a empresa alertou as autoridades brasileiras para a prática. Por aqui, o valor pode alcançar R$ 9,9 milhões. A empresa recebeu a notificação em setembro deste ano e foi convidada a se manifestar.
Em sua defesa, o Google declara que não segmenta anúncios individualmente. Eles também informaram que, a partir de janeiro, vão limitar a coleta e a utilização desse tipo de dado apenas para permitir o funcionamento do produto. Além de garantir que "tratará os dados de todos que acessam conteúdo infantil como se fossem de uma criança, independentemente da idade do usuário".