O debate sobre inteligência artificial avança no Brasil. Afinal, na quinta-feira passada (12) o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) abriu a consulta pública sobre a Estratégia Brasileira de inteligência artificial , que discute a aplicação da tecnologia no país.
No documento proposto pelo MCTIC, busca-se mapear os benefícios e os eventuais percalços que a tecnologia pode proporcionar ao país.
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Em comunicado à imprensa, o MCTIC afirma que a IA pode beneficiar o serviço público, qualidade de vida e redução de desigualdades. Porém, ao redor do mundo o debate esquenta com o uso dessa tecnologia para monitoramento e vigilância. Algumas cidades, como São Francisco, chegaram a banir o uso da IA em reconhecimento facial ou outros recursos usados pela segurança pública e que já se mostraram falhos.
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Outros países e organismos internacionais já discutem o assunto, como acontece na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) . Entre os assuntos abordados na consultoria estão a segurança pública, educação e captação, força de trabalho, pesquisa, desenvolvimento, inovação, uso pelo governo e em setores produtivos. Além disso, está aberto ao debate aspectos internacionais, legislação e ética e, por fim, o uso da tecnologia pelo governo.
“No aspecto jurídico, ético, muitas questões são levantadas quanto ao papel que esses sistemas autônomos vão ter na sociedade, considerando a capacidade de tomar decisões com base em inferências que nem sempre são explicáveis”, aponta Miriam Wimmer, diretora de Serviços de Telecomunicação do MCTIC.
O MCTIC também já anunciou que, em breve, deve lançar outras iniciativas que evolvem a Secretaria de Tecnologia Aplicadas do Ministério, focadas em inteligência artificial . Por enquanto, o debate segue aberto ao público até o dia 31 de janeiro de 2020 e está disponível na plataforma Participa.br .