Na última segunda-feira (17), data em que se comemorou o Dia do Presidente nos Estados Unidos, Mark Zuckerberg recebeu uma visita inesperada em sua casa na cidade de São Francisco. Mais de 40 pessoas foram até a porta da residência do CEO do Facebook para solicitar que a rede social passe a proibir anúncios políticos que contenham mentiras.
Munido de cartazes coloridos, o grupo de manifestantes gritava “acorde, Zuck”, a fim de chamar a atenção do executivo no período das eleições primárias estadunidenses. Por lá, democratas e republicanos já escolhem seus delegados e a população teme que as fake news disseminadas no Facebook tenham influência no resultado das eleições.
Leia também:
“Estou realmente preocupada com o modo como o Facebook será usado para atrapalhar a eleição e Mark Zuckerberg deixou bem claro que não está nos levando a sério”, disse Andrea Buff, moradora de São Francisco e participante da manifestação. “A irresponsabilidade dele está ameaçando a nossa democracia”.
Mesmo após diversas reclamações, que já duram anos, o Facebook mantém sua decisão de não usar um verificador para atestar a veracidade dos anúncios políticos e Zuckerberg defende que os usuários devem formar suas próprias opiniões sobre o que leem, sem a ajuda de terceiros. “É ridículo. Quero dizer, você pode brincar com outras coisas, mas não com a política”, reclamou Buff. “Não acho que seja motivo de riso”.
Além de solicitar a mudança da política de anúncios políticos da rede social , os manifestantes pediram que o Facebook pare de permitir que candidatos segmentem propagandas para grupos específicos de usuários por meio da ferramenta conhecida como microtarget . A título de comparação, o Google limitou o microtarget em casos políticos e o Twitter baniu completamente as propagandas políticas.