Um dos pontos de discussão da computação quântica dentro do mundo das criptomoedas está no fato de essa tecnologia pode ser uma ameaça ao Bitcoin . No entanto, segundo especialistas, o poder de processamento de uma máquina dessas está longe de conseguir quebrar a criptografia de uma moeda digital.
Contrariando as expectativas, Andersen Cheng, CEO da Post-Quantum, disse em entrevista ao Decrypt que toda a criptografia , incluindo a do Bitcoin , será "quebrada em cerca de dois anos" pela tecnologia dos computadores quânticos.
A declaração de Cheng vai contra, inclusive, ao que foi dito por Sundar Pichai, atual CEO da Alphabet (dona do Google ), em janeiro deste ano. Ele declarou que a criptografia deve ser quebrada pela tecnologia quântica, sendo otimista, em cinco ou dez anos.
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Há muito tempo, o Google trabalha em avanços tecnológicos para que isso seja possível. No ano passado, a empresa informou que desenvolveu um chip que poderia fazer um cálculo complexo em apenas 200 segundos – em um computador convencional, o tempo para realização da mesma tarefa seria de dez mil anos.
No entanto, a previsão de Cheng não é apenas um palpite. O integrante da Post-Quantum trabalha com diversos órgãos que buscam avanço na área, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a Agência de Inteligência e Segurança Cibernética do Reino Unido e o Government Communications Headquarters (GCHC). De acordo com o Decrypt , a afirmação do profissional se baseia nos avanços vistos nesses órgãos.
Por fim, Cheng admite que os governos já trabalham e investem muito no campo da tecnologia quântica para criar um supercomputador capaz de passar por toda e qualquer criptografia existente.
Tecnologia atual
Atualmente, para que o computador convencional mais poderoso existente pudesse quebrar a criptografia do Bitcoin, levaria milhares de anos. Por isso há apostas no computador quântico que, segundo especialistas, poderá fazer isso em segundos.
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Além disso, com uma tecnologia bastante avançada, seria possível minerar a criptomoeda em poucos minutos. No entanto, para a realização dessa tarefa, o dispositivo deve contar com cerca de 4.000 qubit – o mais poderoso até o momento possui 58 qubits.
Esse abismo entre o cenário atual e o que seria considerado ideal para quebra da segurança , faz com que especialistas acreditem que a ameaça esteja longe de se tornar real. No entanto, até que aconteça, os desenvolvedores de Blockchain já terão considerado a possibilidade e criado maneiras de garantir que as vulnerabilidades sejam consertadas.