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Ministério da Saúde é alvo de ataque hacker
Agência Brasil
Ministério da Saúde é alvo de ataque hacker



O “ hacker sincero” que invadiu uma plataforma do DataSUS no final de janeiro está de volta. E não está nem um pouco feliz com a falta de ação da equipe de TI do órgão para proteger seus sistemas após o ataque inicial.

“O site continua uma bosta nada foi feito […] ou a equipe de TI são funcionários fantasmas ou não sabem o que estão fazendo lá… e olha que o salário é muito bom!”, ironizou o invasor em uma mensagem “pop-up” inserida na página do DataSUS.

O hacker também deixou uma ameaça: “Arrumem este site porco ou na próxima vai vazar os dados dos responsáveis por esta porcaria”. Como prova de que informações pessoais estão em risco ele publicou quatro URLs de um site de compartilhamento de imagens onde estão cópias de documentos de identidade e carteiras de motorista que, supõe-se, foram retiradas dos sistemas do DataSUS.

Indignado, ele questiona a eficácia da ANPD, a Agência Nacional de Proteção de Dados . “ANPD como vocês deixam isto ir ao ar assim ??? Se for começar deste jeito pode parar e devolve nosso dinheiro !!!”. E ainda se mostra ciente da repercussão que seus ataques tiveram nas redes sociais. “Li o comentário de todos vocês no Twitter, Facebook, etc… Bjo”.

Assim como no ataque anterior, o que o ocorreu foi um “defacement”, quando um hacker consegue acessar o servidor web responsável por um site e modifica ou substitui o conteúdo de uma página.

É o equivalente digital de uma pichação e, como tal, frequentemente serve como uma forma para o invasor mandar um recado. A diferença é que desta vez o invasor mostrou prova, através dos documentos, de que tem acesso não só ao servidor web do DataSUS, mas também a outros sistemas.

No ataque anterior, o hacker deixou uma sugestão prática: “A solução é muito simples de ser implementada, com 1 semana de trabalho de uma empresa séria + custo de aproximadamente R$15 mil é possível fazer um site com a melhor tecnologia disponível no mercado e trazer segurança e agilidade a todos os usuários da plataforma no Brasil, não é caro é ?”. Ministério da Saúde e ANPD ainda não se pronunciaram sobre o caso.

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