Tesla quase foi hackeada
Unsplash/Bram Van Oost
Tesla quase foi hackeada

O russo Egor Igorevich Kriuchkov, de 27 anos, que foi preso em agosto de 2020 acusado de tentar executar um ataque de ransomware contra a giga fábrica da Tesla em Nevada, nos EUA, se declarou culpado durante julgamento nesta quinta-feira (18). Sua sentença será divulgada em 10 de maio.

Kriuchkov foi formalmente acusado de “conspirar para intencionalmente causar danos a um computador protegido”. A admissão de culpa é uma surpresa: durante uma audiência em setembro passado havia declarado com convicção: “Eu não sou culpado”. Ele também havia dito querer “passar por todo o processo o mais rápido possível”, e que o governo russo “já estava ciente do caso”.

De acordo com a denúncia, Kriuchkov viajou aos EUA em julho e contatou um funcionário da Tesla fluente em russo, que não é cidadão dos EUA, com uma proposta de US$ 500 mil (R$ 2,7 milhões) para instalar malware nos computadores da empresa. Em contatos posteriores, a oferta subiu para US$ 1 milhão (R$ 5,5 milhões).

Kriuchkov planejava extrair informações valiosas, como segredos de mercado, da rede da empresa, e ameaçaria publicá-las se um resgate não fosse pago. O funcionário, entretanto, imediatamente informou à Tesla sobre o esquema. A empresa contatou o FBI , que instruiu o funcionário a continuar a negociação sob supervisão de seus agentes.

Em 19 de agosto o funcionário convenceu Kriuchkov a pagar um sinal de US$ 11 mil (quase R$ 61 mil). Dois dias depois, ele informou ao russo que o plano teria de ser “adiado”. Suspeitando de algo errado, Kriuchkov decidiu sair do país e dirigiu de Reno, em Nevada, até Los Angeles, na Califórnia, onde foi preso em 22 de agosto.

“Este caso destaca o compromisso de nosso escritório em proteger segredos comerciais e outras informações confidenciais pertencentes a empresas dos Estados Unidos – o que está se tornando ainda mais importante à medida que Nevada se transforma em um centro de inovação tecnológica”, disse o procurador-geral dos Estados Unidos, Christopher Chiou, do Distrito de Nevada. “Junto com nossos parceiros na aplicação da lei, continuaremos priorizando impedir que os cibercriminosos prejudiquem as empresas e consumidores norte-americanos”.

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