O hacker
Marcos Roberto Correia da Silva, acusado de invadir os sistemas do Senado Federal
, se tornou réu no caso após a Justiça Federal em Brasília aceitar a denúncia do Ministério Público Federal (MPF). Preso na última sexta-feira (19)
, ele é investigado pelo
vazamento de dados
de 223 milhões de brasileiros
divulgado em janeiro.
A decisão, publicada na última terça-feira (23), foi do juiz federal Frederico Botelho, da 10ª Vara Federal. Ele responderá pelos crimes de invasão de dispositivo informático e divulgação de segredos. A denúncia, em si, foi feita ainda no final de janeiro. A pena prevista para crimes do tipo é de até dez anos de reclusão.
A prisão do hacker , conhecido por VandaTheGod, aconteceu com a deflagração da operação Deepwater, da Polícia Federal (PF). Segundo o Ministério Público, ele teria invadido o sistema de intranet do Senado Federal em 28 de agosto utilizando credenciais de acesso de um ex-servidor.
De acordo com a denúncia, ele teria feito publicações em redes sociais relacionadas ao caso, como alguns dados obtidos e trechos do inquérito policial (IPL) aberto que apura a invasão.
Venda de dados por bitcoin
O hacker também teria confessado a autoria dos ataques em um interrogatório. Na operação da PF, foram apreendidos equipamentos como computadores e HDs. No vazamento de dados , considerado o maior da história do país, foram identificadas informações de CPFs e CNPJs brasileiros.
A investigação aponta que os dados eram comercializados em fóruns em troca de criptomoedas
, como o bitcoin
. Entre as informações, era possível obter dados como nome, data de nascimento, endereços, imposto de renda, escolaridade, dados de renda, score de crédito e outros. A base de dados foi inicialmente atribuída ao Serasa
, que negou qualquer violação em seus sistemas.