Dara Khosrowshahi, CEO da Uber
, afirmou, na segunda-feira (12), que a empresa pode considerar oferecer o serviço de delivery de maconha
nos Estados Unidos quando a planta for legalizada em nível nacional.
“Quando as leis federais entrarem em ação, nós absolutamente daremos uma olhada nisso”, disse Khosrowshahi em entrevista ao canal de notícias CNBC.
A declaração ocorreu durante uma conversa sobre a compra da Drizly , startup de entregas de bebidas alcóolicas, feita pela Uber , em fevereiro deste ano. A aquisição custou US$ 1 bilhão (equivalente a R$ 5,89 bilhões) e não incluiu a Latern, serviço de delivery de maconha lançado pela Drizly em maio de 2020.
Nos EUA, os estados têm liberdade para criarem suas próprias leis. Por isso, apesar de continuar ilegal em nível nacional, 15 dos 50 estados americanos permitem o uso recreativo da planta – juntos, eles concentram um terço da população do país. Já o uso medicinal da cannabis é liberado em 35 estados. Em março deste ano, Nova York aprovou uma lei de regulação e tributação da maconha , legalizando seu uso recreativo.
Enquanto espera a legalização em todo o país para poder se aventurar no serviço de delivery de maconha, a Uber seguirá focando no desenvolvimento e aprimoramento dos serviços atuais. “Por enquanto, com [delivery de] mercearia, comida, álcool, etc…, vemos muitas oportunidades lá fora e vamos nos concentrar na oportunidade que temos à mão” afirmou Khosrowshahi.
Com a lucratividade do seu negócio de transporte por aplicativo ameaçada pela pandemia da Covid-19
, o movimento representa um novo esforço da Uber
para diversificar os serviços oferecidos. No mês passado, a empresa anunciou a Serve Robotics, uma nova marca que tem foco em entregas com tecnologia autônoma.