Os rumores se confirmaram: a plataforma de streaming Spotify
lançou nesta terça-feira (27) uma linha de assinatura específica para podcasts
, no intuito de desafiar a Apple
, que fez um anúncio similar na última semana
.
Por ora, a novidade vale apenas para o mercado dos Estados Unidos, mas o Spotify planeja abrí-la para outros países “nos próximos meses”. O funcionamento é simples: produtores de podcasts poderão marcar conteúdos específicos de suas criações como “exclusivos para assinantes”.
A empresa sueca ainda afirmou que não cobraria comissões dos criadores de conteúdo , ao contrário do serviço concorrente na Apple . Entretanto, este benefício só vale para os dois primeiros anos do serviço. A partir de 2023, uma taxa de 5% será cobrada dos produtores.
O Spotify informou que a estrutura de assinatura dos podcasts é feita com base no modelo criado pela Anchor , empresa do setor que foi comprada pela companhia sueca em fevereiro de 2019 – na mesma ocasião, ela também comprou a Gimlet, outra companhia famosa entre produtores de podcasts.
De lá até aqui, o Spotify vem assegurando compras e parcerias de exclusividade para produções famosas, como o podcast “Joe Rogan Experience”, um dos maiores do mundo, produzido pelo comediante e lutador Joe Rogan (também conhecido como “aquele onde Elon Musk fumou maconha”), além de criações próprias, como “Renegades: Born in the USA”, apresentado pelo ex-presidente dos EUA, Barack Obama, e o músico americano Bruce Springsteen.
Preços ainda não foram divulgados, mas uma dúzia de “podcasters” já foram selecionados pelo Spotify
para este período inicial. Todos estão prontos para promover conteúdos exclusivos neste lançamento, incluindo a Rádio Pública Nacional (“NPR”, na sigla em inglês), que já confirmou que os podcasts
“How I Built This with Guy Raz” e “Planet Money” passarão a ser exclusivos para usuários pagantes a partir de 4 de maio, junto de outros três programas.