22% dos PCs ainda rodam Windows 7 e podem sofrer ciberataques; saiba se proteger

Descontinuado, sistema operacional não fornece atualizações de segurança para os usuários

Windows 7 teve atualizações descontinuadas
Foto: Unsplash/Tadas Sar
Windows 7 teve atualizações descontinuadas

Quase um quarto – ou 22% – dos computadores do mundo ainda rodam no Windows 7 , o sistema operacional que a Microsoft descontinuou em definitivo em janeiro de 2020. Segundo um levantamento da firma de segurança Kaspersky, isso se dá pela popularidade e solidez da versão no mercado – em março de 2010, seis meses após seu lançamento, o Windows 7 já havia superado 100 milhões de unidades vendidas.

De acordo com o levantamento da Kaspersky, os 22% dos computadores que ainda usam o Windows 7 não são apenas consumidores finais, mas também pequenas e médias empresas (SMBs) e microempresas. A empresa de segurança ressalta que, por mais popular que tenha sido, o sistema operacional há muito teve seu suporte descontinuado, então seus usuários atuais estão mais vulneráveis a ciberataques.

Basicamente, o fim do suporte de um sistema operacional implica em ele não mais receber atualizações de segurança de sua fabricante. Entretanto, hackers e outros maus atores do universo digital não param de pesquisar novas formas de invadir sistemas – mesmo os mais antigos. Em outras palavras, se alguém descobrir uma nova vulnerabilidade no Windows 7, essa falha de segurança nunca será resolvida pela fabricante.

“Sabemos que várias pessoas e algumas empresas, principalmente as pequenas, tendem a não atualizar programas e sistemas operacionais para as versões mais recentes, seja por custo ou customização”, diz Dmitry Bestuzhev, diretor da Equipe de Pesquisa e Análise da Kaspersky na América Latina. “Embora possa parecer um incômodo, as atualizações não são apenas para habilitar a interface mais recente, ela também traz correções de bugs que, se não forem corrigidas, podem abrir uma porta enorme para os cibercriminosos”.

“Imagine que a sua casa está velha, caindo aos pedaços, e instalar uma porta nova não trará nenhum benefício”, ele continua. “O melhor a fazer é trocar de casa – e esta é a atitude correta que internautas e empresas devem adotar para garantir a segurança do sistema operacional no qual confiam seus dados, já que o custo de um incidente pode ser substancialmente superior a uma atualização”.

A Kaspersky ainda avisa de outra descoberta em seu levantamento: menos de 1% dos usuários rodam uma versão ainda mais antiga que o Windows 7 – como o antecessor Vista ou ainda o Windows XP , cujo suporte terminou em abril de 2014. No outro lado do espectro, aproximadamente 74% dos computadores estão hoje equipados com o Windows 10 , a versão mais atual e que recebe atualizações periódicas da Microsoft .

Alguns cuidados são recomendados caso você seja um dos 22% dos computadores com o Windows 7 (ou os quase 1% de algo mais antigo):

  • Sempre confirme se as atualizações automáticas estão acionadas: isso assegura o recebimento de arquivos de update para correções que podem aliviar vulnerabilidades, além de alertar você de um iminente fim de suporte;
  • Se você tiver essa estrutura ou for uma empresa, tente rodar as máquinas com sistema operacional defasado em uma rede separada – se possível, exclusiva a elas. Assim, você consegue controlar quais arquivos estarão presentes nestes computadores e, no caso de um ciberataque, mitigar ou mesmo anular os danos;
  • Mantenha suas soluções de segurança (antivírus, monitoramento ativo de rede etc.) sempre constantes e atualizadas, a fim de criar mais camadas de segurança para impedir ciberataques.