Na última quinta-feira (19), o OnlyFans surpreendeu a todos ao anunciar que, a partir de outubro, a plataforma não vai mais permitir pornografia ou qualquer conteúdo explicitamente sexual
em sua rede. Esse tipo de material é responsável por boa parte do sucesso do serviço de assinatura. No entanto, a decisão inesperada pode ter uma explicação.
Recentemente, a BBC fez uma reportagem investigativa em que afirma que o OnlyFans permitiu a presença de conteúdo ilegal em seu catálogo propositalmente. Segundo a matéria, contas com um grande número de assinantes quebraram as regras da plataforma diversas vezes, mas não tinham os perfis removidos.
Ainda segundo a reportagem, as contas consideradas famosas eram tratadas por uma equipe de moderação diferente, que, propositalmente, agia com menos rigor nas punições. Em contas comuns, conteúdo ilegal era removido e, após três infrações com avisos, a conta era bloqueada. Essas regras estariam em um manual da plataforma que vazou na imprensa.
OnlyFans proíbe pornografia
O OnlyFans alega que o tal manual não é oficial. No entanto, a BBC garante que as regras são assinadas pelo diretor de operações da empresa, que inclusive aparece como editor do documento.
A reportagem ainda teve acesso a diversos conteúdos que vão contra as regras, como exploração de moradores de rua. Além disso, imagens de menores de idade também circulariam na plataforma. Após o episódio, o OnlyFans anunciou que trabalha "pesadamente no combate à exploração sexual e pornografia infantil online".
Oficialmente, a empresa o OnlyFans explicou que a proibição à pornografia foi motivada "para garantir a sustentabilidade a longo prazo de nossa plataforma e continuar a hospedar uma comunidade inclusiva de criadores e fãs, devemos desenvolver nossas diretrizes de conteúdo".
O OnlyFans atraiu mais de 130 milhões de usuários, dando aos criadores de conteúdo uma plataforma para cobrar de seus fãs por fotos e vídeos. Os criadores ainda terão permissão para postar fotos e vídeos nus, porém, precisam estar conscientes com a política da plataforma.