Novo material pode reconectar nervos danificados
Nathan Vieira
Novo material pode reconectar nervos danificados

Em estudo publicado na Nature Materials , pesquisadores apresentaram um novo material magnetoelétrico capaz de reconectar nervos danificados. Na ocasião, os especialistas usaram a tecnologia para estimular nervos periféricos em roedores e demonstraram o potencial do material para uso em neuropróteses.

A ciência já vinha direcionado olhares para o potencial terapêutico do uso de magnetoelétricos para estimular o tecido neural de uma forma minimamente invasiva e ajudar a tratar distúrbios neurológicos ou danos nos nervos.

No entanto, os neurônios têm dificuldade em responder à forma e à frequência do sinal elétrico resultante dessa conversão. Foi essa questão que os cientistas buscaram resolver.

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O grupo mostrou que o material pode ser usado para estimular remotamente neurônios com precisão e para preencher a lacuna em um nervo ciático quebrado em um roedor.

Em comunicado divulgado pela instituição (Rice University), pesquisadores afirmaram que a qualidade e o desempenho do material podem ter grande impacto nos tratamentos de neuroestimulação, tornando os procedimentos significativamente menos invasivos.

Material que reconecta nervos

A proposta é a seguinte: em vez de implantar um dispositivo de neuroestimulação, pequenas quantidades do material poderiam simplesmente ser injetadas no local desejado. Além disso, a pesquisa fornece uma estrutura para o design de materiais avançados.

No comunicado, a equipe conta que os sinais elétricos gerados pela magnetoeletricidade são muito rápidos e uniformes para serem detectados pelos neurônios. Assim, o desafio era projetar um novo material que pudesse gerar um sinal elétrico que realmente fizesse as células responderem.

“Podemos usar este metamaterial para preencher a lacuna em um nervo quebrado e restaurar velocidades rápidas de sinal elétrico. Esta estrutura para design de materiais avançados pode ser aplicada a outras intenções, como detecção e memória em eletrônica", defende a equipe.

Outras tecnologias voltadas aos nervos

Neste ano, pesquisadores apontaram um biomarcador que indica se neurônios irão se regenerar após lesões . Para isso, usaram uma técnica conhecida como sequenciamento de RNA unicelular, capaz de determinar quais genes são ativados em células individuais.

Já em 2022, cientistas criaram uma fita implantada na pele que resfria os nervos e bloqueia a dor. O aparelho consegue diminuir a temperatura das fibras nervosas até chegarem a 10 °C, segundo testes em ratos. Também é biodegradável, absorvido pelo corpo à medida que a dor diminui.

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