
Morar perto de avenidas e estradas movimentadas está longe de ser o ideal, segundo estudo liderado por pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências Médicas. Ser vizinho de locais com alto tráfego de carros contribui com o encolhimento da massa total do cérebro e aumenta o risco de demência.
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As conclusões sobre os riscos de morar excessivamente próximo de vias movimentadas foram publicadas na revista Health Data Science . Segundo os autores, o problema não está relacionado com o excesso de barulho , mas com a poluição atmosférica associada aos veículos .
O problema do trânsito intenso
"Descobrimos que a proximidade do tráfego [de veículos] foi consistentemente associada à maior incidência de demência e menores volumes de estrutura cerebral”, pontuam os pesquisadores. Nestes casos, o principal culpado parece ser a poluição atmosférica.
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Entre os poluentes mais associados com os problemas mencionados, estão, em ordem decrescente:
- Dióxido de nitrogênio;
- Material particulado de diâmetro inferior a 10 micrômetros (MP10);
- Material particulados inferior a 2,5 micrômetros (MP2,5);
- Óxido de nitrogênio.
Curiosamente, o gás carbônico não configura na lista de poluentes que afetam negativamente o cérebro de indivíduos que moram excessivamente próximos de rodovias, estradas ou vias realmente movimentadas.
Risco aumentado para demência
Após analisar dados geográficos e médicos de 460 mil indivíduos do Reino Unido, sendo que a idade média era de 57 anos, por um período superior a 12 anos, os pesquisadores identificaram um risco aumentado e significativo para a demência.
"Em comparação com indivíduos que vivem a mais de 1 km das principais vias de tráfego, viver a menos de 1 km foi associado a um risco de demência 13% a 14% maior”, pontuam os autores. Entre as demências mais comuns, está a doença de Alzheimer, que a ciência ainda busca uma cura eficaz e segura .
Modificação das estruturas do cérebro
A maior probabilidade de demência para quem mora próximo de locais com trânsito intenso é a ponta do iceberg e o resultado mais preocupante, só que não é só isso. O estudo também buscou compreender como o cérebro era afetado pelo excesso de poluição relacionado ao vai e vem de automóveis.
"Entre as quatro medidas de estrutura cerebral [avaliadas em ressonâncias magnéticas complementares], a menor distância residencial às estradas principais foi consistentemente associada a volumes menores de substância cinzenta cortical periférica, substância cinzenta e volume total do cérebro”, afirmam os pesquisadores.
Na maioria dos casos, essas alterações nas estruturas cerebrais estão relacionadas com a doença de Alzheimer na fase pré-sintomática, ou seja, quando o indivíduo ainda não apresenta os sintomas clínicos e característicos da doença, como a perda recorrente de memória.
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