
Na última sexta-feira (3), um estudo publicado na revista Science trouxe diferenças genéticas entre machos e fêmeas. Os pesquisadores decodificaram os fatores que controlam o desenvolvimento específico do sexo dos principais órgãos em humanos, camundongos, coelhos e gambás. Com a comparação, os investigadores também conseguiram traçar a evolução das características específicas de cada sexo.
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Os pesquisadores explicam que o desenvolvimento dos órgãos dos mamíferos antes e depois do nascimento é controlado pela interação complexa e afinada de muitos genes diferentes, também conhecidos como programas de expressão genética.
Até agora, no entanto, os pesquisadores não conseguiam entender como os programas diferem entre indivíduos do sexo feminino e masculino e os efeitos que estas diferenças têm na função e composição celular dos órgãos em mamíferos adultos. Foi justamente tal enigma que o estudo buscou decifrar.
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Com isso, os pesquisadores conseguiram finalmente mapear sistematicamente os genes ao nível dos órgãos e das células que são principalmente ativos em apenas um dos dois sexos durante o desenvolvimento.
Diferenças genéticas entre machos e fêmeas
No estudo, os autores descrevem que quase todas as diferenças na expressão genética se desenvolvem apenas na puberdade. Isso significa que os programas genéticos responsáveis pelo desenvolvimento das características dos órgãos específicos do sexo são ativados quase exclusivamente no final do desenvolvimento dos órgãos, desencadeados por hormônios femininos ou masculinos.
O grupo também descobriu que as diferenças entre os sexos ocorrem em mamíferos nos mesmos órgãos e nos mesmos tipos de células nestes órgãos, mas ocorrem principalmente através da atividade de diferentes genes.
No próprio estudo, a equipe reconhece que as descobertas ajudam a destacar a rápida evolução das características específicas de cada sexo.
Masculino e feminino
Mas a ideia de entender essa distinção não é nova: em 2021, pesquisadores buscaram responder se o cérebro masculino é diferente do cérebro feminino . Eles descobriram que não há diferenças significativas entre a estrutura ou atividade do cérebro de homens e mulheres, e nenhuma das supostas diferenças cerebrais explica possíveis diferenças de personalidade entre os sexos.
Em contrapartida, em 2022 os pesquisadores descobriram que machos e fêmeas sentem dor de forma diferente . Isso graças à atividade de alguns neurônios da medula espinhal. Tais células processam os sinais de dor de maneira diferente nas mulheres em comparação com os homens, fazendo com que, nelas, o limiar de dor seja mais alto.
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