Na última sexta-feira (3), um estudo publicado na revista científica Current Biology revelou que cada narina identifica os cheiros de uma maneira diferente. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão ao observar a atividade cerebral de 10 pessoas enquanto expostas a uma série de aromas.
- Cutucar o nariz aumenta o risco de Alzheimer, sugere estudo
- Por que o nariz entope quando estamos gripados?
Na ocasião, os participantes eram pacientes com epilepsia, e receberam eletrodos intracranianos para localizar as origens neurais de suas crises. Durante os testes com os diferentes aromas, os cientistas registraram a atividade no córtex olfativo dos envolvidos.
Os pacientes se depararam com aromas de banana, café e eucalipto, entregues por meio de tubos em cada narina. A atividade cerebral foi medida à medida que essas fragrâncias eram injetadas nas narinas esquerda, direita ou em ambas.
-
Siga no Instagram
: acompanhe nossos bastidores, converse com nossa equipe, tire suas dúvidas e saiba em primeira mão as novidades que estão por vir no Canaltech.
-
Os odores injetados em ambas as narinas desencadearam simultaneamente duas representações distintas no cérebro, com a narina direita enviando sinais para o córtex olfativo no hemisfério direito, enquanto a narina esquerda ativava o hemisfério esquerdo. Esses dois sinais não eram totalmente idênticos, então cada narina desencadeou uma experiência única.
Narinas interpretam aromas de forma independente
Da mesma forma, quando o mesmo odor foi apresentado a cada narina individualmente, os padrões de atividade produzidos foram semelhantes, mas não iguais. Os pesquisadores contam que as informações sobre o odor das duas narinas são temporariamente segregadas no córtex olfativo primário.
Assim, um cheiro apresentado a uma narina específica provoca uma resposta no hemisfério cerebral correspondente, com o hemisfério oposto sendo ativado apenas cerca de meio segundo depois. De acordo com os pesquisadores, esse truque embutido no cheiro pode ajudar os humanos a identificar a origem de um odor.
Mistérios do olfato
Neste ano, em estudo publicado na revista científica Nature , pesquisadores descreveram pela primeira vez como os receptores olfativos funcionam . A equipe descobriu que dentro da estrutura das moléculas interligadas, o OR51E2 havia aprisionado propionato dentro de um pequeno bolso. Quando alargaram esse bolso, o receptor perdeu muito de sua sensibilidade.
Além de revelar que a narina identifica os cheiros de maneira independente, estudos também já permitiram perceber que a humanidade está perdendo olfato gradativamente . Na ocasião, a equipe descobriu duas mudanças genéticas relacionadas ao olfato, e comparou com outras 27 mutações já conhecidas pela ciência.
Leia a matéria no Canaltech .
Trending no Canaltech:
- Canaltech lança canal oficial no WhatsApp; entre agora mesmo
- NVIDIA tem "loja oficial" escondida no Mercado Livre
- As 50 piadas mais engraçadas do Google Assistente
- Galaxy S21 FE | Quanto vale a pena pagar na Black Friday?
- Vulcão submarino forma ilha no Japão após erupção
- 🔥PREÇÃO | Compre Galaxy S23 Ultra em super oferta para estudantes