Encontradas 200 novas galáxias na primeira imagem do James Webb
Daniele Cavalcante
Encontradas 200 novas galáxias na primeira imagem do James Webb

Um novo estudo revelou a distância de quase 200 galáxias e aglomerados de galáxias formados no universo primitivo. Para isso, eles usaram a primeira imagem de campo profundo do telescópio James Webb, que exibe milhares de galáxias.

Em 2022, a primeira imagem colorida do James Webb foi revelada ao público, e ainda hoje é usada pelos astrônomos para descrever o universo primitivo em detalhes. A foto é de uma região cósmica conhecida como SMACS 0723, um aglomerado de galáxias na constelação sul de Volans, o Peixe Voador, localizado a 4,6 bilhões de anos-luz de distância.

O que faz dessa imagem uma ferramenta incrível para investigar o passado é que o aglomerado SMACS 0723 forma uma lente gravitacional, ampliando muitas vezes a luz de galáxias muito mais distantes. Uma vez que o aglomerado e essas galáxias afastadas estão alinhados com a Terra, o telescópio pode encontrar objetos que, de outro modo, seriam indetectáveis.

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Muitas galáxias dessa imagem já foram analisadas e descritas por estudos científicos, mas ainda falta uma boa quantidade delas aguardando medições, talvez com características surpreendentes. É aí onde entra a nova pesquisa: além das 200 novas galáxias encontradas, os autores também descobriram três objetos com densidades acima do normal.

Isso significa que a imagem de SMACS 0723 também inclui três aglomerados de galáxias, a cerca de oito a 10 bilhões de anos-luz de distância da Terra. Em uma dessas áreas, está Sparkler, considerada clone da Via Láctea , que pode abrigar os primeiros aglomerados de estrelas do universo.

Se houver outros dois aglomerados de galáxias nas mesmas distâncias nessa imagem, é possível que existam outras galáxias como Sparkler. Isso teria “implicações importantes sobre como os primeiros aglomerados estelares se formaram após o Big Bang", disse o co-autor do estudo Marcin Sawicki, da Universidade Saint Mary, Canadá.

O estudo foi publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society , e os autores vão participar de novas observações de campo profundo no ciclo 2 do James Webb , buscando por outros aglomerados de galáxias no início do universo.

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