
Nos Estados Unidos, a agência regulatória Food and Drug Administration (FDA) aprovou, na quinta-feira (9), a primeira vacina que protege contra o vírus chikungunya, doença que pode ser transmitida pelo “mosquito da dengue” ( Aedes aegypti ). O imunizante Ixchiq é aplicado em dose única .
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Conforme aponta a autorização de uso dos EUA, a vacina contra chikungunya é indicada para pessoas, com mais de 18 anos, que morem próximas de áreas endêmicas para a infecção, que provoca febre e dor nas articulações, podendo ser mortal.
A vacina Ixchiq é desenvolvida pela empresa de biotecnologia europeia Valneva SE, que tem parcerias históricas com o Instituto Butantan no Brasil. Por isso, é esperado que, oportunamente, a organização solicite a aprovação de uso para a Agência Nacional De Vigilância Sanitária (Anvisa). Inclusive, o Butantan obteve autorização para testar este imunizante no país no ano passado.
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Vacina Ixchiq em dose única
Para aprovar da vacina contra chikungunya , os agentes da FDA analisaram os resultados de dois estudos clínicos, desenvolvidos na América do Norte, englobando cerca de 3,5 mil voluntários adultos.
Diante dos testes com o imunizante que carrega uma versão do vírus enfraquecido (atenuado), os sintomas adversos mais comuns foram:
- Dor de cabeça;
- Fadiga;
- Dores musculares;
- Dores nas articulações;
- Febre;
- Náuseas;
- Sensibilidade no local da injeção.
Além disso, “embora não sejam comumente relatadas, reações adversas graves semelhantes à infecção pelo vírus chikungunya que impediram a atividade diária e/ou exigiram intervenção médica ocorreram em 1,6% dos que receberam a Ixchiq”, destaca a FDA, em nota.
Por isso, a agência impôs uma condição na aprovação do imunizante nos EUA: estudos de pós-comercialização para determinar o real risco de reações adversas graves.
O risco da chikungunya
Apesar de algumas questões abertas em relação ao imunizante, a FDA lembra que casos de chikungunya podem ser mortais ou ainda deixar sequelas duradouras. "A chikungunya é uma ameaça emergente à saúde global, com pelo menos 5 milhões de casos de infecção relatados durante os últimos 15 anos”, pontua a agência.
Entre as áreas globais de maior risco, estão as Américas, o que inclui o Brasil. O primeiro registro nacional da doença foi feito há cerca de 10 anos, só que, desde então, a maioria das cidades brasileiras já confirmaram algum caso da infecção . No total, foram sete surtos nacionais, sendo mais comuns nos primeiros meses do ano.
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