
Cientistas alertam que as alterações climáticas estão impactando o cérebro e o comportamento dos animais. O argumento é que as mudanças nas temperaturas alteram o equilíbrio energético dos ecossistemas e impactam os ambientes sensoriais.
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A preocupação da comunidade científica é que as mudanças climáticas perturbam os sinais ambientais em que os animais recorrem para resolver problemas como a seleção de um habitat, a procura de alimento e a escolha de parceiros.
Alguns animais também dependem de gradientes de temperatura para se orientarem no seu ambiente, e as mudanças de temperatura alteram onde e quando os mosquitos procuram hospedeiros, levando a impactos diretos na transmissão de doenças .
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Os pesquisadores apontam que esse aumento das temperaturas pode perturbar a forma como os cérebros dos animais se desenvolvem e funcionam, com efeitos potencialmente negativos na sua capacidade de adaptação eficaz aos novos ambientes.
Mudanças climáticas alteram neurônios
Segundo estudo publicado na Animal Cognition , os extremos de temperatura podem alterar os neurônios individuais nos níveis genético e estrutural, bem como a maneira com a qual o cérebro está organizado como um todo.
Já no que diz respeito a comportamento, os animais podem responder às adversidades climáticas mudando de localização, desde a mudança dos habitats que utilizam até sua distribuição geográfica. A atividade também pode mudar para diferentes períodos do dia ou para novas estações.
No geral, os cérebros dos animais são notavelmente flexíveis, desenvolvidos para se adaptarem à experiência ambiental, mas estudos comparando espécies observaram fortes efeitos ambientais na evolução do órgão. Na prática, os sistemas nervosos dos animais evoluem para corresponder aos ambientes sensoriais do espaço de atividade de cada espécie. Tais padrões sugerem que novos regimes climáticos acabarão por moldar os sistemas nervosos, forçando a evoluir.
Efeitos das mudanças climáticas
Os efeitos das mudanças climáticas vão muito além do que as pessoas imaginam. Muitas coisas que se mostram "erradas" no mundo são resultado das próprias ações dos seres humanos.
Um dos efeitos é a perda de sono. Em um estudo publicado em maio de 2022 na revista One Earth , os cientistas compararam os dados do sono coletados com pulseiras de monitoramento de 48 mil pessoas, e descobriram que as pessoas dormem mais tarde e acordam mais cedo nas noites mais quentes.
O aquecimento global também altera os padrões de raios em todo o mundo, o que por sua vez pode resultar em mais incêndios florestais. Em relatório da Nature Communications , revelou-se que os relâmpagos de longa duração, que representam a principal causa de incêndios florestais induzidos por raios.
No que diz respeito a alterações climáticas impactando o comportamento dos animais, em junho, um estudo publicado na Scientific Reports indicou que a agressão canina aumenta com as temperaturas, então a maioria das mordidas de cães são registradas em dias mais quentes.
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