Startup russa, Whoosh aposta no sucesso de patinetes elétricos no Brasil
Paulo Amaral
Startup russa, Whoosh aposta no sucesso de patinetes elétricos no Brasil

O que empresas como a Lime, a Grow, a Yellow e até mesmo a Uber têm em comum com a Whoosh, startup de origem russa que acabou de desembarcar no Brasil? O sonho de popularizar o uso de um meio de transporte rápido, limpo e que ajudaria a diminuir o trânsito no país: os patinetes elétricos compartilhados.

Depois de as três primeiras tentarem, desde 2019, sem sucesso, transformar o “brinquedo de criança” em uma opção para fugir do trânsito, agora chegou a vez da startup do leste europeu colocar suas fichas no negócio. E otimismo não falta aos executivos da Whoosh Brasil.

“O Brasil tem diversos centros urbanos com mais de 1 milhão de pessoas, todos com problemas de mobilidade por conta do crescimento desordenado, e os patinetes são uma ferramenta rápida, fácil de implementar e efetiva, que gera uma redução instantânea da emissão de gases poluentes”, explicou Francisco Forbes, CEO da Whoosh no Brasil, ao site Startups.

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O executivo explicou também o porquê escolheu a Região Sul do país, mais precisamente Florianópolis, para dar início aos negócios. A cidade de Santa Catarina já recebeu 1.300 patinetes elétricos, enquanto Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, tem 1.200 em operação.

“Decidimos começar por Florianópolis por conta da infraestrutura urbana e a topografia. É uma cidade com muitas ciclovias e áreas planas, que torna a região bem propícia para o transporte dos patinetes. Há também um nível elevado de segurança e o tamanho da cidade é ideal – não tão grande quanto São Paulo, mas maior do que a de muitos outros municípios”,

A partir de 2024, a ideia é não ficar exclusivamente na Região Sul, e também expandir a opção de mobilidade urbana para grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro, certamente duas das cidades que mais sofrem com o trânsito urbano pesado.

Diferenças para as antecessoras

A aposta da Whoosh para não fracassar no mercado brasileiro como as antecessoras que tentaram emplacar o negócio de patinetes elétricos compartilhados é simples: não repetir os erros do passado.

“As empresas que operavam no Brasil pararam não porque o mercado é ruim ou questões regulatórias, e sim por uma má gestão que levou as empresas à falência, e porque o sistema da operação dos patinetes era ruim”, comentou.

E o que a Whoosh fará de diferente? Segundo Francisco Forbes, tudo — desde o modelo de retirada e devolução dos patinetes compartilhados até a forma como a manutenção das unidades será feita.

O executivo revelou que a retirada e a devolução dos patinetes poderão ser feitas em pontos fixos estabelecidos pela Woosh, e não no sistema free float, no qual eles eram deixados em qualquer lugar das cidades, aumentando o risco de danos e furtos, mesmo com acompanhamento via satélite.

Forbes também confirmou que a manutenção periódica será mais focada na troca das baterias, e não do patinete completo, já que a tecnologia atual permite isso. Como todos estarão sempre concentrados em um mesmo lugar (os pontos fixos), a manutenção será mais rápida, e a frota estará mais tempo à disposição dos usuários.

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