Sonificação transforma imagens do centro da Via Láctea em música
Danielle Cassita
Sonificação transforma imagens do centro da Via Láctea em música

Uma nova sonificação revela o centro da Via Láctea de um jeito nunca visto antes — ou, melhor dizendo, ouvido. A compositora Sophie Kastner transformou os dados da região, obtidos por diferentes telescópios, na sinfonia chamada Where Parallel Lines Converge (“Onde Linhas Paralelas Convergem”, em tradução literal).

Ela trabalhou com três elementos principais na região, observados pelos telescópios Hubble, Spitzer e Chandra. O primeiro elemento é um sistema estelar duplo observado em raios X, e o outro, um grupo de filamentos em formato de arco. Já o terceiro é Sagittarius A* , o buraco negro supermassivo no coração da nossa galáxia.

Você confere o resultado no vídeo abaixo:

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Imagens como as do vídeo acima são produzidas através dos dados registrados por telescópios , capturados a partir dos comprimentos de onda invisíveis aos olhos humanos. Depois, estes dados são transformados em formas visíveis para nós, como fotos.

Outra forma de revelar estes dados é através da sonificação, ou seja, da transformação deles em sons. Foi o caso da composição, que rendeu uma música dividida em três partes. “A luz dos objetos na parte superior da imagem é ouvida em tons mais altos, e a intensidade da luz controla o volume”, explicaram os membros da equipe da sonificação.

Já as estrelas e fontes compactas receberam notas individuais, e as grandes nuvens de gás e poeira foram representadas por um som em evolução. Por fim, o crescendo (o momento em que o volume aumenta) acontece quando a composição chega à região brilhante, que é onde Sagittarius A* está.

O que é sonificação?

A sonificação é o processo que apresenta dados astronômicos por meio da audição, e não da visão, como é o caso das imagens de telescópios. Para isso, computadores mapeiam matematicamente os dados dos telescópios em sons com a ajuda de algoritmos. Assim, os dados são transformados em sons perceptíveis pela audição humana.

Além de ajudar os cientistas a identificarem dados que talvez passassem despercebidos nas versões originais (sinais mais fracos, por exemplo), a sonificação traz também acessibilidade. Com sonificações, pessoas com deficiências visuais podem explorar as fotos do espaço e os objetos nelas.

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