O transplante fecal envolve colocar a matéria fecal (sim, é isso o que você está pensando) de um doador saudável no cólon do paciente sob a premissa de tratar infecções epecíficas. Até mesmo o Reino Unido recomenda o transplante de fezes , desde que supervisionado por médicos. No entanto, algumas pessoas passaram a fazer isso em casa, sem supervisão, o que tem preocupado especialistas.
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O transplante fecal ajuda no tratamento de infecções recorrentes por Clostridium difficile , uma bactéria que pode destruir o cólon. Em paralelo, pesquisas sugerem que essa técnica também pode contribuir contra outras doenças intestinais, como a colite ulcerosa, bem como para a obesidade, doenças autoimunes e até doenças neurológicas.
Esses estudos são iniciais, e mais pesquisas são necessárias para entender a dimensão desse tipo de tratamento. Mas mesmo assim, comunidades online passaram a aderir ao processo e até mesmo ensinar como fazer em casa (no maior estilo do it yourself ).
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Os vídeos das pessoas ensinando passaram a conquistar milhares de visualizações, e é com isso que os médicos fazem um apelo de que a abordagem caseira é arriscada.
O alerta, então, é que justamente não há ciência suficiente para mostrar que é segura e eficaz para a maioria das doenças que as pessoas pretendem tratar. E avançar pode significar que, em vez de adquirir bactérias boas, o indivíduo poderá adquirir algumas que são ruins ou até mesmo mortais.
Por que não fazer transplante fecal em casa
Em uma pesquisa publicada na American Journal of Gastroenterology, 82% dos participantes revelaram que o transplante ajudou a condição que estavam tentando tratar, e apenas 12% relataram efeitos colaterais negativos, como dor de estômago e inchaço.
Enquanto isso, 96% dos entrevistados disseram que fariam isso de novo, e 43% disseram que haviam realizado mais de dez vezes o procedimento.
Mas os médicos insistem: fazer um transplante fecal sozinho é extremamente arriscado. Quando supervisionado por um médico, existem métodos de triagem rigorosos para garantir que as fezes do doador sejam seguras, e é mais difícil para os leigos fazerem o mesmo.
Os pesquisadores alertam que as fezes desse devem ser examinadas em busca de patógenos como vírus, fungos e bactérias que podem deixar um receptor doente ainda mais doente.
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