O céu não é o limite! | Foguete Starship, partícula ultraenergética e
Danielle Cassita
O céu não é o limite! | Foguete Starship, partícula ultraenergética e

A última semana foi agitada para a ciência espacial. Veja só: aconteceu o segundo teste de voo do foguete Starship, que acabou em explosão e rendeu dados importantíssimos para tentativas de lançamento futuras. Além disso, houve também a descoberta de uma partícula tão energética que não parece ter vindo de nenhum fenômeno físico conhecido.

Estes assuntos dão um gostinho do que esperar do nosso resumo semanal das mais recentes notícias astronômicas.

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Explosão do foguete Starship

Após muita expectativa, foi no último sábado (18) que a SpaceX fez o novo teste de voo com o foguete Starship . Os protótipos do propulsor Super Heavy e do Starship, a espaçonave propriamente dita, foram lançados juntos durante a manhã e se separaram poucos minutos depois.

Tudo pareceu correr bem, mas pouco depois da separação dos estágios, o Super Heavy explodiu. O Starship seguiu viagem, mas a SpaceX perdeu contato com ele quando estava a 148 km de altitude. Os dados obtidos vão ajudar a empresa a aplicar melhorias para seus próximos testes de voo, ainda sem data para acontecer.

Amaterasu, a partícula ultra energética

Cientistas da Universidade Metropolitana de Osaka e de Utah descobriram uma partícula para lá de intrigante . Ela recebeu o apelido Amaterasu (nome da divindade do sol na mitologia japonesa), e sozinha, é um milhão de vezes mais energética do que a energia produzida nos aceleradores de partículas.

Amaterasu foi identificada em 2021 por meio do experimento Telescope Array, e por enquanto, não se sabe sua origem. Para um dos pesquisadores, ela pode ter sido acelerada por algum evento intenso, como uma explosão de raios gama — ou, talvez, veio de algum fenômeno físico ainda desconhecido pela ciência.

Explosão de objeto em Júpiter

Um astrônomo amador do Japão registrou uma luz brilhante em Júpiter . Não há mistério neste fenômeno: segundo Heidi Hammel, uma das cientistas da equipe do telescópio James Webb, “o flash brilhante era um bólido, uma estrela cadente na atmosfera de Júpiter”.

Esta não é a primeira vez que algo do tipo acontece no gigante gasoso, e também não vai ser a última. Como é o planeta mais massivo do Sistema Solar, Júpiter tem atração gravitacional tão forte que acaba capturando objetos azarados que viajam pelo espaço, que acabam se chocando com suas nuvens.

Lua mais perto da Terra

Talvez você tenha ouvido falar que a Lua chegou ao perigeu , o ponto mais próximo da Terra, nesta semana. Quando isso acontece, nosso satélite natural fica mais perto de nós — no caso, a Lua ficou a 369.818 km, sendo que a distância média entre ela e a Terra é de 384.400 km.

A maior proximidade é temporária, e aconteceu porque a Lua orbita a Terra em uma trajetória elíptica (oval). Isso significa que, ora ela se aproxima de nós, ora se afasta. Após o perigeu, a Lua vai chegar ao apogeu (ponto mais distante da Terra) em dezembro.

“Cometa do Diabo” tem nova erupção

O cometa 12P/Pons-Brooks (ou apenas 12P) sofreu sua 4ª erupção em 14 de novembro, a mais forte registrada até agora. Desta vez, a explosão foi tão intensa que deixou o cometa 100 vezes mais brilhante — e, após o evento, o coma (o envelope gasoso ao redor do núcleo do cometa) mudou de formato.

Portanto, o 12P parece ter perdido as estruturas alongadas em seu coma, que lhe conferiram o apelido “cometa do diabo”. Além disso, astrofotógrafos perceberam que agora ele tem cor esverdeada causada por moléculas de dicarbono.

Sonificação da Via Láctea

Uma nova sonificação foi feita a partir de fotos do centro da Via Láctea . As imagens foram capturadas pelos telescópios Hubble, Spitzer e Chandra, revelando sistemas estelares, vários filamentos e a região onde está o buraco negro supermassivo Sagittarius A*.

Com a sonificação, estes dados foram transformados em sons. O resultado é uma composição em três partes, cujos sons revelam estrelas, fontes compactas e outros objetos no coração da nossa galáxia.

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