Em estudo publicado na revista Communications Biology , pesquisadores dos EUA descobriram que alimentos fermentados podem ter levado ao aumento do cérebro dos seres humanos, ao longo dos séculos. Com o passar da evolução, o órgão simplesmente triplicou de tamanho, então os cientistas têm buscado entender os fatores por trás disso.
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Conforme observam os cientistas, no trato gastrointestinal humano, especialmente no cólon, as bactérias simbióticas decompõem a matéria alimentar orgânica em nutrientes, como ácidos graxos — um processo denominado fermentação interna. Isso fornece energia adicional a partir de fibras não digeridas e melhora a absorção de vitaminas e minerais.
Por outro lado, a fermentação externa ocorre quando a decomposição dos alimentos é provocada por bactérias no ambiente ou na superfície dos alimentos. Esse tipo de fermentação melhora a saúde intestinal , contribuindo para a microflora, além de melhorar a absorção de nutrientes e melhorar a imunidade.
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Segundo os estudo, o cólon sofreu uma redução significativa de 74% ao longo da evolução, indicando uma menor necessidade de decompor alimentos derivados de plantas. A mudança poderia ser potencialmente uma adaptação após a ingestão de alimentos fermentados externamente.
Fermentação ao longo da humanidade
O artigo traz a hipótese de que os primeiros hominídeos podem ter transportado e armazenado alimentos, iniciando involuntariamente a fermentação externa. Com o tempo, esta prática pode ter evoluído para um fenômeno culturalmente reforçado, contribuindo para a expansão do cérebro e o desenvolvimento cognitivo dos hominídeos.
Os pesquisadores refletem que a fermentação parece ser mais provável de ser descoberta do que, por exemplo, o fogo necessário para cozinhar.
O grupo ainda sugere que os hominídeos com habilidades cognitivas mais baixas e cérebros menores podem ter realizado a fermentação mais facilmente do que outros métodos.
Fermentação e cérebro
Os autores do estudo estimam que a adoção da tecnologia de fermentação pelos primeiros hominídeos foi um mecanismo chave para a expansão do cérebro humano e a redução do intestino.
O grupo acredita que a conversão da fermentação intestinal numa prática externa pode ter sido uma inovação significativa, estabelecendo as condições metabólicas para a seleção da expansão do cérebro.
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