Tal como os outros sentimentos, a felicidade é complexa, subjetiva, mas isso não significa que não exista toda uma ciência por trás que possa explicar suas nuances. Sabemos que a comunidade científica se concentra em responder questões que parecem inexplicáveis, como o próprio amor .
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Em entrevista à revista Curious , a diretora científica do Greater Good Science Center, da University of California — Emiliana Simon-Thomas — definiu a felicidade como uma característica geral abrangente que inclui experiências desagradáveis e a capacidade de canalizar dificuldades e adversidades para o crescimento, o aprendizado e a formação de comunidades e relacionamentos.
“Se você acha que felicidade significa prazer e entretenimento e maximizar o conforto material, então você nunca será feliz. Você estará no que é chamado de ‘esteira hedônica’, e isso está ligado a uma sensação persistente de decepção", afirma a pesquisadora.
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Assim, a pesquisadora defende que a felicidade genuína depende de muito mais do que apenas experiências agradáveis, e a nossa disposição geral é moldada pela forma como nos orientamos face ao mundo a nível mental e emocional.
Como ser feliz?
No ano passado, um estudo de Harvard buscou entender como alcançar a felicidade . Sob o ponto de vista dos pesquisadores, a felicidade pode ser aprendida e exercida através de determinados hábitos implantados no cotidiano.
De acordo com a pesquisa, que analisou os dados de 724 pessoas desde 1938, um dos hábitos indicados para se atingir a felicidade é o exercício aeróbico, que usa o oxigênio no processo de geração de energia nos músculos. Investir na espiritualidade — o que pode ser feito através de meditação, por exemplo, também tem benefícios.
Os pesquisadores revelaram que aprender ou experimentar algo novo também pode levar à felicidade, tal trabalho voluntário.
Quando se é mais feliz?
Já neste ano, um estudo publicado na revista científica Psychological Bulletin analisou cerca de 460 mil pessoas para responder em qual fase da vida o ser humano é mais feliz . A conclusão foi que a satisfação com a vida diminui entre os 9 e os 16 anos, depois aumenta ligeiramente até aos 70 anos, antes de diminuir novamente até aos 96 anos.
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