Emissões de carbono quebram recorde e fortalecem aquecimento global
Nathan Vieira
Emissões de carbono quebram recorde e fortalecem aquecimento global

As emissões de carbono bateram recorde em 2022 , e 2023 segue pelo mesmo caminho. Em nova publicação na Earth System Science Data , apresentada na Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP28) em Dubai, pesquisadores alertaram que, com base no nível atual de emissões, há 50% de probabilidade de que o aquecimento global exceda 1,5 ºC dos níveis pré-industriais de forma consistente em cerca de sete anos.

Os cientistas — que pertencem ao Global Carbon Project — apontam que a humanidade libertou 40,6 bilhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera em 2023 , representando um aumento de 1,1% em relação a 2022. Quando se soma às emissões criadas pelas alterações no uso do solo, incluindo o desmatamento, há um total de 45,1 bilhões de toneladas de dióxido de carbono em 2023.

As emissões fósseis de CO2 estão diminuindo em algumas regiões, incluindo a Europa e os EUA, mas há um aumento geral, e os cientistas dizem que a ação global para reduzir os combustíveis fósseis não ocorre com rapidez suficiente para evitar alterações climáticas perigosas.

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Em comunicado, os autores do estudo ressaltam que os impactos das alterações climáticas são evidentes à nossa volta, mas as ações para reduzir as emissões de carbono provenientes dos combustíveis fósseis continuam dolorosamente lentas, e os líderes precisam chegar a acordo sobre cortes rápidos nas emissões de combustíveis fósseis.

Metas de emissão de carbono

O Acordo de Paris viu 196 países assinarem um tratado juridicamente vinculativo para manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2 °C acima dos níveis pré-industriais e prosseguir esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais.

Isso porque qualquer aumento de temperatura acima de 2 °C resultaria em consequências negativas em grande parte do mundo, à medida que condições meteorológicas extremas se tornam cada vez mais comuns.

Entretanto, o estudo recente defende que os esforços atuais não são profundos o suficiente. "Os países precisam de descarbonizar as suas economias mais rapidamente do que o fazem atualmente para evitar os piores impactos das alterações climáticas ", apontam os pesquisadores.

Emissões globais

O estudo prevê que as emissões de carbono em 2023 devem aumentar na Índia (8,2%) e na China (4,0%) e diminuir na União Europeia (-7,4%), nos EUA (-3,0%) e no resto do mundo (-0,4%). Em paralelo, a previsão é que as emissões globais provenientes do carvão (1,1%), do petróleo (1,5%) e do gás (0,5%) aumentem.

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