Youtuber que bateu avião de propósito pega 6 meses de prisão
André Lourenti Magalhães
Youtuber que bateu avião de propósito pega 6 meses de prisão

Não tente bater um avião de propósito, filmar o acidente e publicar no YouTube para ganhar curtidas, pois isso pode resultar em cadeia. Foi o que aconteceu nos EUA: um youtuber foi condenado a seis meses de prisão por obstruir uma investigação federal após bater o próprio monomotor e publicar o conteúdo na plataforma.

Entenda o caso

O youtuber Trevor Jacob publicou, em 2021, um vídeo chamado “I Crashed My Airplane” (“Eu bati meu avião”, em traduçaõ livre), com filmagens de um acidente envolvendo seu monomotor no estado da Califórnia, EUA. Durante o voo, ele alegou problemas no motor da aeronave e precisou ser ejetado para escapar do suposto acidente — repleto de câmeras, Jacob conseguiu gravar a colisão enquanto caía de para-quedas.

O vídeo teve bastante repercussão na plataforma, com mais de 4,5 milhões de visualizações desde a publicação original, mas logo a comunidade passou a reparar em alguns aspectos estranhos: o primeiro deles era que a publicação contava com uma propaganda de uma marca de carteiras, algo incomum para ser incluído no registro de um acidente de avião.

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Pelas regras do país, Jacob precisou informar o Quadro de Segurança Nacional de Transportes (NTSB) dos EUA, que iniciou uma investigação do acidente e declarou que preservar todos os destroços e registros da aeronave era responsabilidade do youtuber. Além desse órgão, a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) também iniciou uma apuração do caso.

As autoridades descobriram que Jacob mentiu aos investigadores ao dizer que o acidente foi causado por uma pane no motor e não sabia o local do ocorrido — inclusive, ele visitou a área de helicóptero com um amigo, quando separou alguns destroços e guardou em um armazém próprio.

A condenação

Trevor Jacob confessou no começo deste ano que todo o caso foi armado para publicar o resultado no YouTube. Depois, confessou que destruiu partes do avião, mentiu aos investigadores e obstruiu uma investigação federal. Graças a um acordo, a condenação estabelece apenas seis meses de detenção em penitenciária federal dos EUA, mas a pena máxima poderia chegar a 20 anos.

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