Google admite que vídeo de demonstração da IA Gemini foi editado
Felipe Demartini
Google admite que vídeo de demonstração da IA Gemini foi editado

A demonstração da inteligência artificial Gemini , apresentada nesta semana pelo Google , impressionou, mas também levantou algumas dúvidas sobre a veracidade do que aparece no vídeo. Agora, a empresa parece ter admitido que as imagens foram manipuladas e que as respostas vistas não correspondem exatamente às capacidades atuais da tecnologia.

De acordo com reportagem da Bloomberg, o vídeo publicado não teria sido gravado em tempo real, como o texto que aparece logo de início dá a entender. Além disso, os prompts teriam sido dados à IA por texto e não voz, ao contrário do que aparece nas cenas, que mostram uma conversa natural e contextual entre o usuário e o Gemini.

A descrição da divulgação oficial, publicada no YouTube , também fala em edição, com o Google admitindo que algumas das respostas dadas pela inteligência artificial foram encurtadas, enquanto pausas foram cortadas. Seriam indicativos de que o Gemini não seria tão rápida e assertiva quando o vídeo faz parecer.

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É claro, ainda estamos falando de uma tecnologia em desenvolvimento. Entretanto, a reportagem cita também falhas na aplicação da IA no mundo real, com erros sendo cometidos na hora de sugerir códigos de programação ou até mesmo responder perguntas simples, como indicar os vencedores do Oscar em um determinado ano.

Acima de tudo isso, há ainda a dificuldade do Gemini com idiomas além do inglês, que vem sendo evidenciada por usuários que já estão experimentando a versão de testes da tecnologia. Novamente, respostas erradas e resultados pouco precisos estariam sendo produzidos pela inteligência artificial, a partir de sua integração com o Bard .

Gemini e GPT-4 mais próximos

O texto da Bloomberg aponta ainda que a superioridade citada pelo Google sobre o GPT-4 não seria tão massiva assim. Em testes de benchmark realizados com as duas tecnologias, o Gemini teria uma taxa de acerto apenas alguns pontos percentuais acima do rival.

Vale lembrar, por outro lado, que a tecnologia da OpenAI está em funcionamento público há cerca de um ano, enquanto a tecnologia do Google chegou apenas agora e segue em fase de testes . Uma distância que, especula a reportagem, deve ser reduzida ou até invertida em 2024, quando o ChatGPT-5 for lançado.

Leia a matéria no Canaltech .

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