Tecnologia regenerativa pode substituir tratamento de canal no dentista
Nathan Vieira
Tecnologia regenerativa pode substituir tratamento de canal no dentista

Imagine um cenário em que fazer tratamento de canal nos dentes não seria mais necessário. Em um estudo publicado no periódico The Journal of Dental Research , uma equipe de pesquisadores revelou um método de regeneração de tecidos que pode substituir esse doloroso método, temido por muitos.

Normalmente, o canal a via de acesso ​​para tratar a pulpite, uma infecção na polpa, o tecido mole no centro do dente que contém nervos, vasos sanguíneos e células especializadas. As infecções podem inflamar e chegar a necrosar a polpa, causando uma série de problemas, que variam desde dor intensa à perda do dente ou até mesmo do osso adjacente.

Então o tratamento funciona através da extração da polpa infectada, mas a ideia da equipe foi regenerá-la usando uma classe de moléculas chamadas resolvinas. Essa proposta dos pesquisadores surgiu porque, no método tradicional, existe a remoção de porções significativas de dentina (a parte que dá a cor ao dente). Com isso, o dente fica mais frágil, levando a um maior risco de fratura no futuro.

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Assim, o grupo se concentrou na Resolvina E1 (RvE1), que é produzida naturalmente pelo corpo para controlar o excesso de inflamação. Os pesquisadores aplicaram a RvE1 à polpa dentária de camundongos, em diferentes níveis de infecção e danos.

Quando aplicada diretamente na polpa infectada, os pesquisadores descobriram que a RvE1 foi muito eficaz na regeneração. Mas isso só deu certo quando a polpa estava viva, apesar da infecção. Isso porque, quando a ocorrência era grave e a polpa estava necrosada, a regeneração não foi alcançada (ainda assim houve redução na taxa de infecção).

Método ainda vai demorar

A expectativa é que o método possa servir como um substituto para o tratamento de canal (nesses casos de infecção em que não há necrose). No entanto, os próprios pesquisadores ressaltam que vai demorar até que seja uma possibilidade nos consultórios odontológicos mundo afora.

Isso porque a novidade sequer foi testada em humanos. Nessas primeiras pesquisas, apenas roedores fizeram parte. Por isso, a próxima etapa é levar a descoberta a tecidos humanos sob a premissa de verificar a segurança e a eficácia.

Mas já que estamos falando de dentes e pesquisas em humanos, vale lembrar de um avanço promissor que noticiamos neste ano: o primeiro remédio para nascimento de novos dentes será testado em pessoas em 2024, o que pode revolucionar a odontologia restauradora.

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